Atual comentarista da Globo, Pedrinho falou sobre a idolatria que teve com Roberto Dinamite, que morreu neste domingo aos 68 anos. O ex-jogador do Vasco relembrou que sempre recebeu atenção do ídolo, mesmo nos tempos de infância, quando ainda jogava futsal.
- Quando eu chegava para treinar no futebol de salão, estava terminando o treino do profissional. A gente sempre chegava no momento que eles estavam treinando faltas. Eu ficava no alambrado gritando o nome do Dinamite e ele dando tchauzinho. Para gente era meio difícil, porque eu escutava ele na rádio com meu pai e depois estava ali perto dele - relembrou Pedrinho, em entrevista ao SporTV.
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Pedrinho relembrou do tempo que foi jogador do clube quando Dinamite era presidente, e destacou os feitos do ídolo Cruz-Maltino.
- Depois disso tudo ele se torna presidente (do Vasco) e me faz uma homenagem (na minha despedida dos gramados). Eu não sabia do tamanho dele, tamanha era a simplicidade. Ele era um cara gigantesco e que possa estar em um bom lugar. Maior ídolo da história do Vasco, artilheiro do Brasileirão e do Carioca. Grande referência que deixou um grande legado.
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Para completar, Pedrinho destacou a humildade de Dinamite e afirmou que o ídolo não tinha dimensão do seu tamanho para o clube.
- A sensação que eu tenho é que ele nunca teve a dimensão do tamanho que tinha. Um cara muito simples, muito humilde. Grande referência da minha infância e dos atletas que vieram depois. Roberto é um ídolo máximo que ajudou o Vasco a se tornar o que se tornou. Mais uma perda dura para quem conhecia o Bob de perto - completou.
O craque travava uma batalha contra um câncer no intestino desde o fim do ano de 2021 e estava internado desde sábado no Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca. Além de ter marcado época como o maior artilheiro do Vasco, ele teve dois mandatos como presidente, entre os anos de 2008 e 2014. O clube deixou em vida uma homenagem ao camisa 10: uma estátua que fica atrás de um dos gols de São Januário.
Dinamite também deixa o legado de ser o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro, com 190 gols marcados na competição, e do Campeonato Carioca, com 284 gols. Além do Cruz-Maltino, o craque ainda teve passagens pelo Barcelona (ESP) e defendeu a Portuguesa e o Campo Grande. Atuou também pela Seleção Brasileira na Copa de 1978 e esteve no grupo de convocados de 1982. Fora de campo, foi eleito vereador em 1992 e posteriormente teve cinco mandatos como deputado estadual.