A polícia da Espanha prendeu 84 torcedores de Betis e Osasuna entre quinta e sexta-feira por terem participado de uma briga antes de um jogo entre as equipes em outubro do ano passado.
Todos eles foram detidos pelos crimes de "desordem pública, briga tumultuária, organização criminosa e lesões, com o agravante de atuarem com motivação de ódio", explicou a polícia. As detenções aconteceram nas cidades de Sevilha (sul), Pamplona (norte) e Madrid.
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No dia 29 de outubro do ano passado, grupos de torcedores radicais de Betis e Osasuna se enfrentaram antes do jogo entre as equipes pela 11ª rodada do Campeonato Espanhol.
Membros do grupo Indar Gorrib do Osasuna, de orientação de extrema-esquerda, entraram em confronto com os de Suporters Gol Sur e United Family, dois grupos radicais da torcida do Betis de extrema-direita.
A polícia explicou que os torcedores usaram "pedaços de madeira, barras de metal e atiraram mobiliário urbano uns contra os outros", movidos por sua "inimizade manifesta devido a ideologias antagônicas".
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Em um vídeo que circulou pelas redes sociais era possível ver várias pessoas golpeando uma outra que estava inconsciente no chão.
Esta foi uma das maiores operações contra grupos radicais de futebol na Espanha depois das prisões relacionadas ao chamado 'caso Jimmy', há uma década.
Na ocasião, 100 pessoas foram detidas após uma briga entre torcedores do Atlético de Madrid e do Deportivo La Coruña na capital do país.
Aquela briga terminou com a morte de Francisco Javier Romero 'Jimmy', torcedor do La Coruña que foi espancado e jogado no rio Manzanares por torcedores do Atlético. A investigação pela morte de 'Jimmy' continua aberta, enquanto 75 pessoas foram condenadas por sua participação no incidente.
* Texto da agência AFP