O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e o irmão Assis foram presos no Paraguai em 2023, por entrarem no país utilizando passaportes falsos. Os dois ficaram reclusos quase seis meses. Mas afinal, qual foi o desfecho dessa história? O Lance! explica.
DECISÃO DA JUSTIÇA
Ao fim do processo, o Ministério Público do Paraguai chegou a conclusão que Ronaldinho não sabia da origem ilegal da documentação apresentada, apenas Assis tinha esse conhecimento, mas colaborou nas investigações. Nesse sentido, o MP decidiu que não apresentaria novas denúncias contra os irmãos e estabeleceu medidas cabíveis que a dupla deveria cumprir para não ficarem pendentes com a Justiça.
No total, o camisa 10 e o irmão ficaram presos 171 dias em Assunção, cerca de seis meses. No entanto, eles passaram uma parte do tempo em um hotel na capital do país, cumprindo prisão domicilar.
COMO ELES FORAM PRESOS?
Ronaldinho e Assis chegaram ao Paraguai no dia 4 de março de 2020 para realizar ações publicitárias de um livro, sendo recebidos com festa logo no aeroporto de Assunção. Eles apresentaram passaportes falsos logo no desembarque, que afirmavam que os dois eram paraguaios naturalizados, o que é mentira. Os policiais notaram a veracidade duvidosa dos documentos na hora, mas optaram por não realizar as prisões de imediato para não gerar um grande alvoroço no local.
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Na madrugada do dia 4 para 5, uma equipe policial chegou no local onde os dois brasileiros estavam hospedados para realizar uma investigação, onde encontraram os dois passaportes falsificados. Tanto Ronaldinho como Roberto foram levados à uma delegacia para prestar depoimentos.
O Ministério Público culpou o empresário Wilmondes Sousa Lira, que teria sido acusado de confeccionar os documentos falsificados, e as paraguaias María Isabel Galloso e Esperanza Apolonia Caballero por participarem do esquema. Todavia, Ronaldinho e Roberto Assis teriam sido enganados e, por colaborarem com detalhes ricos à investigação e admitirem culpa no caso, foram enquadrados no esquema de critério de oportunidade pela promotoria paraguaia, que os deixariam livres de qualquer processo judicial no país.
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PRISÃO
Na audiência em que seria definida o tamanho dessa "pena social", houve uma reviravolta. A justiça não aceitou dar o "critério de oportunidade" para Ronaldinho e Roberto. O MP mudou sua posição e pediu a prisão preventiva dos irmãos. Às 22h de sexta-feira, 6 de março, quando estavam num hotel próximo ao aeroporto, os irmãos Assis foram detidos e levados para a Agrupación Especializada. Desde então três recursos apresentados pela defesa de Ronaldinho foram negados pela Justiça. Os advogados de defesa não conseguiram nem mudar os irmãos Assis para uma prisão domiciliar, e nem anular a prisão preventiva, que no Paraguai pode durar até seis meses. O argumento para mantê-los presos foi sempre o mesmo: soltá-los poderia prejudicar o andamento das investigações.
EM DIA COM A JUSTIÇA
No melhor estilo Ronaldinho,ele vai vivendo seus "rolés aleatórios" na vida. Atualmente, o ex-jogador tem trabalhado como um "showman", fazendo presença em grandes eventos e até em jogos beneficentes - o mais recente deles aconteceu no dia 19 de agosto, em Sorocaba. O "Jogo dos Famosos" contou ainda com a presença de nomes como Aloísio Chulapa e Amaral.