O meia Richarlyson, agora com 38 anos e em sua primeira passagem pelo futebol carioca pelo América-RJ, falou sobre seu legado no futebol brasileiro e o futuro de sua carreira em entrevista ao jornal 'O Globo'. Richarlyson está estudando Educação Física e relembrou que sofreu ataques sobre a vida pessoal durante a carreira, mas que isso não o desmotivou.
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- Não sou ninguém. Busquei meu espaço sem pisar em ninguém e sabendo das minhas limitações. São os sonhos que me movem para buscar o ideal. Chegar na seleção brasileira é o ápice. Vocês sabem o que eu enfrentei fora de campo, até um ponto que me enojava. Era mais saboroso para as pessoas falarem sobre questões pessoais do que questões dentro do futebol. Eu acho que o meu exemplo foi de alguém que é batalhador, que não desistiu. Que orgulho eu fui para a minha família. Eles podem contar para os amigos onde seu filho chegou. Isso me move - disse o meia ao ser perguntado sobre o que ele deixa para o futebol.
Sobre o futebol carioca, Richarlyson falou das diferenças ao futebol paulista e mineiro, onde foi tricampeão brasileiro pelo São Paulo e campeão da Libertadores pelo Atlético Mineiro.
- É tudo novo. Não tinha conhecimento nenhum do Campeonato Carioca. Mesmo que no momento seja uma seletiva, eu costumo dizer que já faz parte da experiência. O calor é algo absurdamente impossível de se acostumar. É desumano. Falo com alguns atletas e é impossível fazermos partidas às 15h. O futebol perde muito. Há um desgaste maior e desnecessário, várias coisas que poderiam ser minimizadas. Eu perco de três a quatro quilos por jogo, perco muito líquido. Com 15 minutos do segundo tempo tive uma câimbra absurda - explicou o meia.
O América-RJ volta a jogar nesta quarta, contra o Friburguense, pela fase preliminar do Campeonato Carioca.