Nesta quinta-feira, a revista americana "Time" elegeu as 12 mulheres do ano de 2023. Dentre os seletos nomes da lista está a boxeadora somali Ramla Said Ahmed Ali, de 33 anos, ela é a primeira boxeadora somali a competir nos Jogos Olímpicos e, também, a competir profissionalmente na Arábia Saudita.
Ramla Ali representou a Somália nas Olimpíadas de Tóquio. Fora dos ringues, a pugilista atua como modelo e filantropa. A "Time" destaca a luta da esportista em defesa dos refugiados. Ela é fundadora da "Ramla Ali Sisters Club", uma instituição beneficente que dá aulas de boxe só para mulheres.
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Neste ano, Ramla Ali venceu o evento batalha de 10 rounds contra a australiana Avril Mathie em uma decisão unânime que a manteve invicta como profissional. No entanto, após a luta, ela foi diagnosticada com uma infecção respiratória viral e um pulmão parcialmente colapsado causado por pneumonia. Tal desempenho diante da adversidade é um bom presságio para suas projeções de subir no ranking do boxe mundial.
Contudo, foi uma luta fora dos ringues que marcou a sua vida. Em 2018, Ali fundou o "Sisters Club", uma organização sem fins lucrativos que oferece aulas de boxe para mulheres de maior vulnerabilidade social: aquelas de minorias étnicas ou religiosas, bem como sobreviventes de violência doméstica.
O Sisters Club se expandiu para quatro regiões em Londres, abriu uma filial em Los Angeles e em breve adicionará outra em Fort Worth.
Quando criança, Ali fugiu da Somália junto de sua família e recebeu asilo na Grã-Bretanha. Antes da pandemia, ela visitou o campo de refugiados Za'atari, na Jordânia, e planeja fazer viagens semelhantes este ano, na esperança de transformar o conceito do que significa ser refugiado. A pugilista tornou- se embaixadora da UNICEF no Reino Unido.