Reality show de jiu-jitsu inova com tratamento com cannabis medicinal

Três entidades de segmento canábico se unem em parceria inédita com médicos do Núcleo de Medicina do Esporte para acompanhar 13 atletas do reality show 'The New BJJ Star'

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A cannabis medicinal já não é mais tabu nas competições esportivas e uma parceria de peso comprova isso. Três empresas deste setor, em crescimento no Brasil, se uniram para proporcionar aos atletas de jiu-jitsu do reality show "The New Star - BJJ", um tratamento a base de cannabinóide.

O Atleta Cannabis, projeto lançado pelo triatleta Fernando Paternostro e pioneiro em divulgar o uso da cannabis no esporte, a fabricante americana de produtos à base de cannabis USA Hemp e a Clínica Gravital, clínica brasileira especializada em terapias à base de cannabis, encontraram no The New Star - BJJ a oportunidade de mostrar ao publico brasileiro como atletas podem se beneficiar do uso da cannabis medicinal.

Em busca de novas estrelas para o seu evento, a BJJ Stars realizou o reality show “The New Star”, com 16 faixas-pretas, sendo 8 homens e 8 mulheres. Os atletas ficaram confinados em uma casa e, separados em duas equipes, disputaram lutas eliminatórias. Os confrontos foram casados pelo próprio público, que acompanharam um resumo do reality através do canal do "BJJ Stars" no YouTube'' .

A grande final do reality acontece no dia 26 de junho, quando os dois finalistas de cada gênero disputarão o título em um card do BJJ Stars, que também prevê o enfrentamento dos oito treinadores que participarem do "The New Star".

- A cannabis, especialmente o componente não psicoativo cannabidiol (CBD), vem ganhando espaço em diversas modalidades. Os atletas em atividades esportivas de alto impacto tem muito a se beneficiar e ficamos lisonjeados em sermos o primeiro evento de grande porte brasileiro a contar com um apoio coordenado entre players do segmento da cannabis medicinal no Brasil - relata Pedro Guimarães, sócio da Icons Agency, que fez a produção do reality show.

A Gravital estava estruturando seu núcleo de medicina esportiva em março quando Fernando fez o convite para que a clínica se unisse ao projeto do reality. Segundo o fundador da Gravital, Joaquim Castro, a oportunidade veio na hora certa.

- Estávamos em fase de contratação de médicos e respectivo treinamento. Tivemos que antecipar em algumas semanas o lançamento do núcleo, que acontece agora em maio. Quando constatamos a seriedade dos parceiros não hesitamos em nos juntar ao projeto. Já conhecíamos e já prescrevíamos a marca que os pacientes iriam utilizar, de modo que estávamos seguros nesse ponto que era muito relevante - destaca Joaquim Castro.

A marca que se refere Joaquim é a USA Hemp, que já era utilizada pelos médicos da Gravital para o tratamento de condições clínicas variadas, desde ansiedade até Alzheimer. Os atletas do reality passaram a utilizar os produtos da USA Hemp na forma de óleos e tópicos.

- O tratamento com cannabis medicinal para atletas vai muito além da performance esportiva. Através de uma melhora geral do corpo, o atleta acaba dormindo melhor, se alimentando de forma suficiente, recuperando mais rápido e diminuindo a ansiedade pré-competições. Essa melhora direta na qualidade de vida acaba influenciando indiretamente a performance esportiva dos atletas, trazendo ganhos e benefícios reais para o treino e sua vida - diz Fernando Paternostro sobre seus treinos e suas percepções desde que começou seu tratamento.

As empresas de cannabis começam a buscar seu espaço no bilionário mercado esportivo. Nos Estados Unidos a cada semana um novo atleta ou ex-atleta passa a patrocinar ou investir em empresas de cannabis, na maioria das vezes após se beneficiar do uso da planta para diversas condições como auxílio na recuperação muscular, desinflamação, melhora no sono entre outras.

É o caso de astros como Kevin Durant da NBA, Ricky Willians da NFL, investidores no setor e Megan Rapione, medalhista de ouro e eleita melhor futebolista feminina, que é patrocinada por marcas de cannabis.

No Brasil esse segmento está apenas em estágio embrionário e essa parceria pioneira é uma das primeiras ações concretas para o crescimento da indústria.

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