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Repórter na Copa, Karine Alves cita ‘olhares invasivos’ de homens no Qatar

Jornalista do 'SporTV' fala sobre experiência na cobertura da Copa do Mundo

Karine Alves - Copa do Mundo
imagem cameraKarine Alves é uma das repórteres do "SporTV" no Qatar (Reprodução/Instagram)
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Lance!
Doha (QAT)
Dia 12/12/2022
14:29
Atualizado em 12/12/2022
14:39

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A repórter Karine Alves é uma das correspondentes do "SporTV" no Qatar para a cobertura da Copa do Mundo. Em entrevista ao jornal "O Globo", ela contou detalhes sobre a experiência de cobrir o evento no país árabe. Um dos pontos negativos destacados pela jornalista foi o olhar recebido por homens nas ruas.

- Muitas vezes estamos passando na rua ou gravando, trabalhando, e nos sentimos intimidadas. É um olhar invasivo, que deixa a mulher desconfortável - revelou.

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Por outro lado, Karine acredita que a experiência está sendo melhor do que esperava e disse que encontrou um país "bem tolerante". 

- Não sabia direito o que ia encontrar aqui. Quando cheguei, encontrei um país que, pelo menos nas áreas onde tem mais turistas, está sendo bem tolerante. Não chego a sentir medo, mas fico mais alerta, cautelosa. Até para respeitar a cultura também, que é totalmente diferente da nossa, e compreender até onde vai o nosso limite para não desrespeitar o próximo - contou ao jornal. 

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CELEBRAÇÃO DAS CONQUISTAS 

Na mesma entrevista, Karine Alves também celebrou a conquista de se tornar repórter em uma Copa do Mundo, uma vitória que não considera apenas sua. 

- Cobrir uma Copa do Mundo in loco tem sido a realização de um sonho. É mais uma vitória que eu consegui. É uma conquista coletiva, minha e de outras mulheres que se espelham e que também querem seguir essa carreira - afirmou.

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- Nós, mulheres, estamos ocupando um lugar que já deveríamos ter ocupado há muito tempo. Pela primeira vez em uma Copa do Mundo, a gente tem arbitragem feminina e uma brasileira como assistente. Então é algo que eu, como mulher e negra, trato como uma vitória coletiva. Mas não basta apenas o número de mulheres aumentar numa cobertura de Copa do Mundo de futebol masculino. Precisamos ver mais diversidade, mais mulheres negras, mais pessoas que fujam de um antigo padrão que era exigido - finalizou a repórter.

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