Retrospectiva 2024: as principais polêmicas das Olimpíadas de Paris

Dentro e fora das competições, os Jogos de Paris tiveram alguns problemas

imagem cameraA qualidade da água do Rio Sena foi uma das principais polêmicas da Olimpíadas de Paris (Foto: Jeff Pachoud/AFP)
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Caio Gonçalves
Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porPedro Werneck
Dia 25/12/2024
07:10
Atualizado há 2 minutos
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Assim como todos os eventos de grande porte, as Olimpíadas de Paris tiveram uma série de questões polêmicas. Nem mesmo as medalhas históricas e provas de tirar o fôlego foram capazes de ofuscar os problemas em torno da competição. Nesta retrospectiva, o Lance! relembra as principais polêmicas dos Jogos Olímpicos de 2024.

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Problemas na organização dos Jogos

Rio Sena poluído

Na realização de um evento deste tamanho, nem tudo é perfeito. A grande polêmica sobre a competição era a condição sanitária do Rio Sena, que receberia a cerimônia de abertura e provas de natação. Ponto turístico de Paris, o local é conhecido pela poluição, o que gerou desconfiança por parte dos atletas.

O problema foi tão grande que treinos e provas chegaram a ser adiados por conta da qualidade da água, além de atletas manifestarem problemas de saúde após nadar no rio.

Atrasos, logística ruim e calor extremo

A logística elaborada pela organização dos Jogos não foi boa — e aqui não é uma opinião, mas uma constatação quando analisado fatos que aconteceram na capital francesa. A skatista Rayssa Leal, por exemplo, compartilhou nas redes sociais que o ônibus que levaria os atletas da Praça de La Concorde para a Vila Olímpica atrasou mais de três horas. Por conta da demora, ela e outras competidoras voltaram de skate e táxi.

Rayssa Leal durante treino nas Olimpíadas de Paris (Foto: Odd Andersen/AFP)

Outro ponto de atenção foram as grandes temperaturas durante as provas. O calor era um empecilho tanto para quem queria acompanhar as Olimpíadas, quanto para os atletas. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB), inclusive, precisou alugar, do próprio bolso, ar-condicionados para os quartos do Time Brasil.

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Olimpíadas marcada por polêmicas

Imane Khelif alvo de "fake news"

A boxeadora argelina Imane Khelif foi alvo de uma série de fake news e discursos de ódio durante as Olimpíadas. A desistência de sua adversária na estreia dos Jogos motivou uma onda de boatos de que Khelif, nascida e criada como mulher cisgênero, fosse transgênero.

Apesar da polêmica, o Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou a participação da argelina e defendeu que a boxeadora não tinha nenhum tipo de vantagem sobre as outras atletas.

Imane Khelif posa com a medalha de ourro do boxe feminino, nas Olimpíadas de Paris (Foto: Mohd Rasfan/AFP)

Imane Khelif passou por cima das ofensas e conquistou a medalha de ouro na categoria até 66kg, ao vencer a chinesa Liu Yang em três rounds.

Jordan Chiles x Ana Barbosu: a briga pelo bronze na ginástica

O pódio da prova do solo da ginástica só foi definido após as Olimpíadas. Ao fim das apresentações, a classificação ficaria, da primeira a quinta, com Rebeca Andrade, Simone Biles, Ana Barbosu, Sabrina Voinea e, por fim, a estadunidense Jordan Chiles.

A comissão da equipe norte-americana pediu revisão da nota de Chiles, que recebeu um acréscimo de 0.100. Com isso, a ginasta ultrapassou as romenas Barbosu e Voinea. Após uma série de recursos e pedidos de revisão na Corte Arbitral do Esporte (CAS), ficou definido que a revisão pedida pelos Estados Unidos na prova era irregular. Com isso, Ana Barbosu se tornou a medalhista de bronze da prova do solo dos Jogos Olímpicos de Paris.

Ana Barbosu exibe medalha de bronze da ginástica artística conquistada após ordem do CAS (Foto: Daniel Mihailescu/AFP)

Jogo retomado após quase 2 horas no futebol masculino

Uma das partidas de futebol mais malucas dos últimos anos. Tudo caminhava normalmente e o Marrocos ia vencendo a Argentina por 2 a 1 na estreia das Olimpíadas. O problema começou quando Medina empatou o placar aos 16 minutos de acréscimo do segundo tempo, após bate-rebate na área marroquina.

Com o gol, uma confusão se instaurou no estádio, objetos foram arremessados e torcedores começaram a invadir o gramado. Assustados com a situação, jogadores, comissão e árbitros correram para os vestiários. O estádio foi esvaziado e a impressão era de que a partida havia terminado — mas não houve um apito final. Isso porque o gol de empate de Medina era irregular e, com a invasão de campo, o VAR não conseguiu alertar o árbitro sobre a revisão.

Quase duas horas depois, o confronto foi retomado com o estádio já vazio, o gol foi devidamente anulado e as equipes disputaram mais três minutos de jogo.

Jogo entre Argentina e Marrocos foi retomado quase duas horas depois de paralisação (Foto: Arnaud Finistre/AFP)

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Fora o mérito esportivo, Paris 2024 teve uma série de problemas

A 33ª edição dos Jogos Olímpicos teve muitos momentos marcantes e que ficarão gravados na memória de quem acompanhou. No entanto, o evento contou com uma série de questões problemáticas e polêmicas que serão exemplo para não se repetirem nas próximas edições.

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