A Associação de Futebol da Jordânia solicitou, no último fim de semana, que a goleira do Irã, Zohreh Koudaei, comprove que é uma mulher. As duas seleções se enfrentaram pelas Eliminatórias para a Copa Asiática feminina, em setembro.
O príncipe Ali Bin al-Hussein, presidente da federação jordaniana, publicou uma carta exigindo que testes sejam feitos para verificar o sexo de Koudaei. A entidade também protocolou um pedido de abertura de inquérito à AFC (Confederação Asiática de Futebol).
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O cartola cita reincidência iraniana em casos envolvendo 'questões de gênero e dopagem' para colocar 'dúvidas sobre a elegibilidade da jogadora'.
A jogadora acusada, Zohreh Koudaei, prometeu entrar na Justiça contra a federação da Jordânia.
- Sou uma mulher. Eles estão fazendo bullying comigo — disse Zohreh Koudaei à imprensa iraniana.
As duas seleções se enfrentaram em Teerão, onde o Irã superou a Jordânia nos pênaltis por 4 a 2. Zohreh Koudaei, de 32 anos, brilhou nas penalidades e defendeu duas cobranças
Técnica do Irã, Maryam Irandoost, afirmou a veículos locais que a seleção da Jordânia tenta desviar o foco da derrota. Ela ainda se colocou à disposição para ajudar nas investigações.
- Gostaria de confirmar que fizemos os testes necessários antes do início da nossa viagem, visto que a equipe médica examinou cuidadosamente todas os jogadoras da seleção nacional para não encontrarmos quaisquer problemas a este respeito - disse Irandoost.
Não é a primeira vez que o Irã é acusado de usar jogadores masculinos na seleção feminina. Em 2015, apesar de nunca comprovado, existia a suspeita de que oito jogadoras aguardavam uma cirurgia de readequação sexual.