Uma triste notícia surgiu na tarde de sexta-feira. Um dos maiores jornalistas esportivos do Brasil, Sérgio Noronha faleceu aos 87 anos de idade, vítima de uma parada cardíaca.
A notícia foi confirmada por Arnaldo Cezar Coelho ao 'Globo Esporte', que lamentou profundamente o falecimento de seu grande amigo pessoal.
- Perdi um amigo (chora). Conheci o Seu Nonô quando ele jogava futebol na Urca na década de 60. Ele era o cara que sentava no paredão e ficava me pressionando quando era juiz. Ali conheci ele. Depois ele foi para o Jornal do Brasil, Rádio Globo... A vida toda foi meu companheiro, um parceiro de vida toda de frequentar a minha casa -, contou.
Nascido no Rio de Janeiro em 28 de dezembro de 1932, Sérgio Barros de Noronha ingressou na imprensa de maneira curiosa. Ao mesmo tempo em que fazia o curso de Letras na Faculdade Lafayette, ele iniciou um trabalho como contínuo na revista "O Cruzeiro". Logo passou a ser redator auxiliar.
Já como repórter, "Seu Nonô" foi para o "Jornal do Brasil" e, mais tarde, trabalhou pelas redações do "Diário Carioca", "Última Hora", "Correio da Manhã". Além disto, fez parte do programa "Mesa Redonda Rio", na TV Corcovado (ao lado de nomes como José Carlos Araújo, Gilson Ricardo, Deni Menezes e Gerson), e em canais como TVE e TV Tupi.
No ano de 1975, passou a fazer parte da Rede Globo, na qual cobriu a Copa do Mundo de 1978. Após uma breve passagem pela TVE, voltou à emissora do Jardim Botânico e cobriu o Mundial de 1982.
No ano seguinte, começou sua passagem pelas rádios - seus comentários tiveram espaço na Rádio Globo e na Rádio Tupi. Nos anos 90, passou a conciliar seus comentários na Rede Globo com o canal Sportv.
Em 2009, após um longo ciclo na Globo, foi comentarista da Rede Bandeirantes por um ano. Ainda voltou a acompanhar jogos pela Rádio Globo e ter participações esporádicas em jogos nos canais Premiere até, aos poucos, os problemas de saúde o afastarem do jornalismo.
Nos seus últimos anos de vida, "Seu Nonô" lidava com Mal de Alzheimer, e morava no Retiro dos Artistas. Os custos eram pagos por Arnaldo Cezar Coelho, ex-árbitro e seu antigo colega de emissora.