Principal narrador do SBT, Téo José será o responsável por comandar a final da Champions League, entre Manchester City e Inter de Milão, neste sábado. O locutor da emissora de Silvio Santos bateu um papo exclusivo com o Lance!, falou sobre a cobertura de mais uma decisão e relembrou falha na última temporada.
- Em uma final de Champions, não tem um favoritaço, mas favorito sim. Pelo trabalho que o Guardiola desenvolveu nesses anos, pelo momento que vive, e os jogadores que têm, como Haaland, De Bruyne, Gündogan, Rúben Dias, Ederson... Vejo o City o favorito. É a cara de um time vencedor, restando justamente o seu objetivo maior, o título da Champions. Do outro lado, a Inter, campeã pela última vez com Júlio César, Maicon, Lúcio, Milito, é uma certa surpresa, embora seja um time que só perdeu do Bayern nesta Champions. É uma equipe que marca muito bem, então vai dar trabalho. Não descarto, de repente, uma surpresa, mas o City é o favorito - disse Téo.
No ano passado, o SBT também transmitiu a final da Champions League, entre Real Madrid e Liverpool. Locutor da decisão na última temporada, Téo José teve um problema ao narrar o gol do brasileiro Vinicius Junior. A voz do narrador de 59 anos falhou no grito de gol que deu o título ao clube espanhol.
- Temos sempre que aprender e eu aprendi. Não sou Deus, nem super-herói. Estava com uma faringite. Foi um jogo que demorou para começar por causa do problema com os torcedores, a temperatura foi caindo rápido. Antes, passamos noites frias quando entrava, ao vivo, no SBT Brasil e acabei pegando uma faringite que esgoelou na hora do jogo. Sabia que poderia ter problemas, mas achei que fosse conseguir e ela falhou. Uma falha alheia à técnica e à vontade. Uma falha médica, física vamos colocar assim. Lógico que fiquei chateado porque não gosto de errar, sou perfeccionista. Teve uma causa, mas acabou sendo um erro - relembrou o narrador.
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- A preparação está sendo a mesma de sempre. Um pouco mais de exercício de fonoaudiologia, de preocupação com o horário de dormir, ficando mais quieto em casa. A única coisa diferente é que dessa vez faremos daqui de São Paulo e não do local. Mas a preparação segue a mesma. Lendo bastante, procurando deixar a cabeça livre para estar naquele momento do jogo totalmente focado e concentrado, e para que nenhum fator externo apareça dessa vez - completou o locutor.
Além de Téo José, a transmissão do SBT também terá os comentaristas Mauro Beting, Nadine Basttos e Maurício Noriega.
Veja outros trechos da entrevista com Téo José:
O título coloca o City na prateleira dos gigantes na Europa?
"Já é uma grande força do futebol europeu. Existe uma coisa entre os torcedores de que esse City foi forjado em cima de dinheiro e não é um time grande. Como não é um time grande? Está tentando a tríplice coroa, vem enfileirando taças de Premier League, enfrentando os maiores times do mundo com grandes jogos e vitórias. Agora, eliminou, nada mais nada menos, do que o Real Madrid na semifinal. Portanto, é sim uma grande força. Lógico que está faltando esse título gigantesco, mas não é por isso que deixa de ser grande. É uma potência, sim. Um trabalho que vem sendo desenvolvido a longo prazo, claro, em cima do dinheiro, mas com uma estrutura física fantástica. É um time gigantesco"
A Inter está se tornando novamente uma potência mundial?
"Não é aquela de 2010, que conquistou o título com os dois gols do Milito, que na defesa tinha Samuel e Lúcio, além de Maicon e Júlio César. Era um timão. Não é aquela Inter, mas é um clube que vem se recuperando. O futebol italiano, tirando a Juventus, caiu e agora está voltando a crescer. Na reta final da Champions tinha Milan, Juventus e Napoli. A Fiorentina foi vice-campeã da Conference League, a Roma vice da Europa League e na temporada passada ganhou a Conference. Aos poucos, o futebol italiano vai se recuperando. Não podemos menosprezar um time do tamanho da Inter, com três conquistas e um passado fortíssimo, mas não a considero entre as sete maiores equipes do futebol mundial no momento. Acho que fez por onde para estar na final, tem uma tradição fortíssima, mas foi uma grande surpresa. E se tem uma competição onde tradição tem importância é a Champions"
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Importância de narrar mais uma final de Champions League
"É uma importância gigantesca narrar a final de uma competição com o tamanho da Champions. Comecei lá atrás na RedeTV, depois fui com ela para Band e agora aqui no SBT. Essa será a minha 14ª final. Acompanhei o crescimento da competição em termos de relevância no mundo e no gosto do torcedor brasileiro. É muito bacana poder ver a competição, saber o que já aconteceu, o que pode acontecer e as surpresas que irão surgir. Na Champions não tem jogo ruim. Na final, então, impossível. Sempre com duas equipes que são verdadeiras representantes de seleções, fortíssimas no mundo. Sem falar que é um evento muito bonito e com grande produção. Por isso, me preparo, me dedico e me preservo, afinal tenho um respeito muito grande pelo tamanho do evento"
Comando do Arena SBT e novo programa na emissora
"É legal apresentar um programa como o Arena SBT, consolidado e com uma equipe guerreira e cheia de ideias. Um programa que a gente procura dar muito conteúdo, porque eu acredito no conteúdo no jornalismo geral e no entretenimento como fator mais importante. Mas eu digo sempre: Estou apresentador neste momento, mas sou narrador. Além disso, está sendo muito prazeroso começar a fazer o podcast Pod Pai Pod Filho no SBT Sports. Um projeto que faço junto com o meu filho, Alessandro, e do qual tenho me dedicado bastante e espero que dê certo. Trabalhar com o filho é sempre um prazer enorme. Estando no SBT a responsabilidade é maior, mas o trabalho aparece mais e cresce. Gosto muito de conversar com as pessoas. Comecei como repórter e essa veia nunca saiu de mim, então é algo legal e não ficamos restritos só ao futebol. Falamos de música e outros temas"