Testemunha do assassinato do jogador Daniel Correa, ex-Coritiba, São Paulo e Botafogo, o jovem Lucas Mineiro contou que tentou separar o atleta dos agressores e que foi ameaçado por Edison Brittes, principal acusado pela morte de Daniel. O depoimento foi concedido à "RPCTV", do Paraná.
- No momento em que eles estavam agredindo Daniel, eu cheguei e falei: para, para. Ele (Edison Brittes) só olhou pra mim e falou: sai fora. Se você não vier me ajudar, sai fora se não você é o próximo - disse Lucas Mineiro.
Segundo Mineiro, uma mulher que também foi testemunha das agressões tentou chamar o SAMU - Serviço de Atendimento Móvel Urgente.
- "Vou chamar o SAMU", e ele (Edison): 'não chama, não chama!' e ela acaba não conseguindo pedir socorro pra ele. Muitas pessoas falaram pra mim, "se eu tivesse lá eu pediria socorro, a polícia", mas as pessoas não sabem como é quando você está nessa situação. Estar nessa situação é uma coisa, estar de fora e falar o que faria é totalmente diferente. Quando você está nessa situação você só quer sair dali, só quer se proteger, você só quer ficar bem - contou na entrevista.
Mineiro decidiu deixar a região de Curitiba com medo de ser morto depois do episódio. A reportagem da "RCPTV" exibiu um áudio em que um emissor não identificado fazia ameaças à testemunha.
O entrevistado revelou que ainda tem pesadelos com o ocorrido e que toma medicamentos para depressão e pânico.
- Eu sonhei muito com aquilo que aconteceu. Acordava assustado e chamava a minha mãe porque a gente se sente uma criança de novo. A gente se sente inseguro, desprotegido. Parece que tudo em volta conspira contra mim - contou.