O jornalista Tiago Leifert se pronunciou, nesta quarta-feira (12), sobre a morte de Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras atingida por um estilhaço de garrafa de vidro, no sábado (8), antes da partida entre Flamengo e o Alviverde, pela 14ª rodada do Brasileirão. Em entrevista ao "Estadão", Tiago negou que tenha culpado vítima, mas ressaltou que Gabriela fazia parte de torcida organizada.
— Eu disse na live, e mantenho, que o fato da Gabriela ser de uma organizada e estar próxima ao conflito, isso é relevante. A gente não pode ignorar o fato de que ela é a oitava morte de torcedor organizado em 2023. Morre um por mês. Não disse que ela teve culpa, mas mantenho o que disse — afirmou o jornalista.
Além disso, Tiago citou as diversas críticas que vem recebendo por conta de sua declaração e se defendeu.
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— Eu me senti sozinho essa semana. Eu nunca me senti tão sozinho das polêmicas que arrumam para mim, eu não acordo e saio atacando pessoas, chamando alguém de covarde. Mas eu me senti muito sozinha essa semana porque a minha constatação foi óbvia. Eu falei, pessoal, a água é molhada. Pessoal, organizadas são perigosas. Essa menina não estava entrando no portão C. Era organizada, isso é fato relevante. Ela estava num confronto. A gente precisa conversar sobre isso. Eu me senti sozinho. Eu não sou maluco. Porque eu tenho certeza de que dentro da organizada tem muito mais gente do bem, muito mais. Que pode ter um nível maior de paixão do que o meu, pode ser um pouco mais sanguíneo com o futebol do que eu, mas duvido que essas pessoas querem morrer, duvido. Duvido que todo mundo ali gosta de brigar. Não estou culpando a vítima. Eu só estou dizendo que quem é de organizada, está mais sob risco do que eu e vocês que não somos. — disse Tiago.
Na entrevista, Leifert negou que tenha espalhado fake news, induzindo o público ao erro. No “podcast 3 na área”, ele afirmou que a jovem morreu após a briga de torcidas no portão A do Allianz Parque durante o jogo. Mas, no Boletim de Ocorrência, a informação é que o tumulto no qual casou a morte de Gabriela foi no portão D do estádio, antes do início da partida.
O jornalista ainda pediu que a imprensa não pare de falar sobre o assunto e não aja naturalmente.