Torcedor acusado de ameaçar Cássio relata que as ofensas foram direcionadas ao presidente Duílio
Kelvin Thiago alega que o presidente do Corinthians pegou as mensagens e repassou para o programa do Datena com o intuito de incriminá-lo
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A situação do Corinthians segue conturbada e os bastidores do clube ficaram agitados nesta sexta-feira (8). O torcedor Kelvin Thiago, mais conhecido como "Mil Grau", foi acusado no programa do Datena de ter ameaçado o goleiro Cássio. Porém, o torcedor corintiano afirma que as ofensas na verdade foram direcionadas ao Duílio, presidente do clube.
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Nesta sexta-feira, o "Mil Grau" utilizou suas redes sociais para desmentir as acusações de que teria ameaçado Cássio e aproveitou a situação para xingar o presidente do Corinthians.
- Obrigado Duílio por me colocar em rede nacional no programa do Datena me ligando às ameaças ao goleiro Cássio, sendo que eu mandei as mensagens direcionadas a você. Sempre soube que era um lixo, agora mais do que nunca está confirmado! - publicou Kelvin Thiago no Instagram.
Nos stories, Kelvin Thiago afirmou que Duílio o incriminou falsamente para o Datena. O torcedor também disse que o presidente não tem coragem para fazer uma reformulação no Corinthians e cobrou atitude da diretoria.
O Corinthians vem passando por um momento conturbado e espera sair dessa situação o mais rápido possível. Neste domingo, o Timão visita o Botafogo, às 16h, no Estádio Nilton Santos, pela estreia do Campeonato Brasileiro.
O OUTRO LADO
O presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, afirmou em comunicado de resposta ao LANCE!, enviada na noite deste sábado (9), que está indignado com os episódios envolvendo as mensagens de ódio enviadas pelo influenciador digital Kelvin Thiago, conhecido como "Mil Grau", e a atuação do LANCE! no caso.
- Estou indignado com a sucessão de episódios que vivi, nesta semana, como dirigente e como pessoa. Nesta semana, mensagens de ódio foram enviadas a atletas, membros da diretoria de Futebol e a mim, com um conhecido influencer dizendo que ia tornar a minha vida “um inferno”. Movido pela minha indignação e pelo dever como presidente do Corinthians, ordenei a reunião de todas as ameaças para que fossem entregues à Polícia Civil, que, num trabalho elogiável, identificou e deteve os autores - diz trecho da nota (confira a íntegra ao final desta reportagem).
O presidente do Corinthians criticou a atuação do LANCE! no caso. Ele afirmou que não foi procurado para dar sua versão sobre o assunto e que o veículo inverteu os papéis entre vítima e acusado. Por fim, disse ainda que a postura confessa do influencer foi minimizada em reportagem que tratou o episódio.
CONFIRA O COMUNICADO DE RESPOSTA AO LANCE!, DE DUILIO MONTEIRO ALVES, NA ÍNTEGRA
Na posição de presidente do Corinthians, estou indignado com a sucessão de episódios que vivi, nesta semana, como dirigente e como pessoa.
Nesta semana, mensagens de ódio foram enviadas a atletas, membros da diretoria de Futebol e a mim, com um conhecido influencer dizendo que ia tornar a minha vida “um inferno”.
Movido pela minha indignação e pelo dever como presidente do Corinthians, ordenei a reunião de todas as ameaças para que fossem entregues à Polícia Civil, que, num trabalho elogiável, identificou e deteve os autores.
O que se seguiu, porém, foi a violência das fake news. Setores irresponsáveis da imprensa reproduziram as declarações do referido influencer, que em suas redes sociais me acusou de forma caluniosa, enquanto minimizaram o fato de que ele mesmo ADMITIU que me enviou mensagens de ódio.
Os veículos que reproduziram a matéria do diário Lance! inverteram os papéis, tornando um suspeito em vítima e a vítima – no caso, eu, Duilio Monteiro Alves – em acusado. Segundo o influencer, as mensagens de ódio eram para mim, e não para os atletas; logo, eu estaria usando jornalistas, como José Luís Datena, para envolvê-lo numa acusação falsa. Nada mais mentiroso.
Caso tivesse sido questionado pelos veículos de imprensa, esclareceria: não encaminhei as mensagens de ódio endereçadas a mim a jornalista algum, e não sou responsável pelas confusões que a imprensa faz. O que fiz, sim, foi denunciar à Polícia Civil o que considero ser crime de perseguição virtual, tipificado nas leis brasileiras desde o ano passado. No entanto, nem o Lance! nem os veículos que reproduziram sua matéria me procuraram para que eu me manifestasse a respeito da acusação de falsa denúncia. Preferiram dar voz às acusações levianas do denunciado e distribuí-las em seus pacotes comerciais.
Isso é jornalismo? Espero, sinceramente, que não. Porque não há mais como tolerar a calúnia, a difamação e a irresponsabilidade que contribuem para manchar reputações e incitar mais violência no futebol brasileiro. A imprensa da era digital e os influenciadores das redes sociais precisam ter consciência do dano que causam ao vender indignação a qualquer preço. O futebol precisa deixar de ser um lugar de ódio, e o Corinthians vai se empenhar por essa causa. Resta saber de que lado os comunicadores estarão.
Atenciosamente,
Duilio Monteiro Alves
Presidente do Sport Club Corinthians Paulista.
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