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Torcedor do Confiança é detido por engano após falha em reconhecimento facial

João Antônio foi confundido com criminoso

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imagem cameraJoão Antônio foi detido por policiais no intervalo do jogo (Foto: Reprodução / X)
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João Pedro Soares
Aracaju (Sergipe)
Supervisionado porMarcelo Velloso
Dia 16/04/2024
12:53
Atualizado em 16/04/2024
14:12

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Durante a final do Campeonato Sergipano no sábado (13), entre Confiança e Sergipe, o torcedor João Antônio foi detido por policiais no intervalo do jogo. O motivo: ele foi confundido com um criminoso pelo sistema de reconhecimento facial.

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João publicou a história nas redes sociais. Segundo ele, no intervalo do jogo, cinco policiais o renderam e pediram para ele acompanhá-los. Sem entender o motivo, o torcedor seguiu as ordens e foi para a delegacia no estádio. Em entrevista ao Lance!, João Antônio contou o que sentiu na hora.

- Além da vergonha, só conseguia respirar fundo e pensar em ficar calmo e que em algum momento eu iria provar quem eu realmente era. Eu literalmente só repetia isso na cabeça para não pensar em outra coisa e acabar tendo uma crise nervosa na hora - disse. Veja abaixo o momento em que ele foi detido:

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Enquanto eles caminhavam até a delegacia, um dos policiais perguntou o nome dele. Ao responder, os cinco policiais se mostraram surpresos, segundo ele, ao perceber que talvez o torcedor não fosse o homem procurado.

Ao entrar na delegacia, João Antônio foi revistado e teve a identidade verificada de várias maneiras. Após os policiais perceberem o engano, o torcedor foi liberado. Os policiais pediram desculpa, alegando que o haviam prendido com o uso da tecnologia. João disse que aceitou o pedido de desculpa.

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- No meu coração, se eu não perdoar, só quem perde sou eu. Ainda estou nesse processo de absorver e digerir o que aconteceu e perdoar cada um dos cinco que me conduziram, mas de forma alguma penso em vingança ou algo nesse sentido. Foi uma falha da tecnologia, sim, mas de procedimento, principalmente. Nesse ponto de vista, acho que o problema maior não foi o reconhecimento facial, apesar de ser bem estranho o mesmo apontar mais de 90% de certeza que eu era o tal criminoso, mas o fato de ter sido abordado, conduzido, pressionado e revistado antes de ter a oportunidade de provar quem eu era foi que me mais me deixou frustrado e traumatizado nessa história - afirmou.

João chegou a temer pelo pior.

- Por isso pensava em ficar calmo. Na minha cabeça eu tinha certeza que se eu demonstrasse qualquer reação alguma agressão física aconteceria - contou.

O Lance! entrou em contato com a Polícia Militar de Sergipe, mas não obteve retorno.

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