A partida entre Alemanha e Espanha foi marcada por protestos na arquibancada do Estádio Al Bayt. Torcedores com vestimenta qatari apareceram com imagens do meia alemão Mesut Özil e tampando a própria boca. O movimento surgiu em resposta aos jogadores alemães que fizeram gestos de "mordaça" na partida contra o Japão.
O protesto alemão surgiu para criticar a Fifa pela proibição do uso da braçadeira em defesa da população LGTBQIAP+. Em resposta, a população local relembrou o caso do antigo meia da seleção alemã que se aposentou da equipe após alegar sofrer preconceito por torcedores alemães.
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Mesut Özil deixou a seleção alemã em 2018, após a eliminação na fase de grupos da Copa do Mundo. Na época, o meia criticou a postura da Federação de Futebol da Alemanha sobre o assunto. O jogador alemão, que tem ascendência turca, foi muito criticado após aparecer em foto com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que é constantemente acusado de violações aos direitos humanos.
- Fui alvo de ofensas racistas, até mesmo de políticos e de figuras públicas, e ninguém da seleção veio a público para falar: 'Parem com isso, ele é nosso jogador, vocês não podem insultá-lo desta forma'. Todos ficaram calados e deixaram aquilo acontecer - disse o jogador.
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Na época, o jogador afirmou que não via problema no encontro e classificou como: 'demonstração de respeito à maior autoridade do país da minha família'. Outra polêmica levantada foi a acusação do então presidente da federação alemã, Reinhard Grindel, de tratar os jogadores com ascendência de dupla nacionalidade como "alemães quando ganhamos e imigrantes quando perdemos". Atualmente, Özil joga no futebol turco, pelo Basaksehir.