O árbitro de futebol Rafael Martins de Sá aproveitou a pausa no esporte no país para focalizar nos seus conhecimentos para salvar vidas. Ele, que faz parte da Federação do Estado do rio de janeiro, trabalha como enfermeiro em um hospital de Maricá, Região dos Lagos do Rio. A realidade contra o coronavírus contrasta com a empolgação dos torcedores nas partidas.
Em entrevista ao "UOL", Martins contou como se relaciona com a tensão diária do contato com a doença e explicou como tem se virada para manter as precauções para não se contaminar com o vírus. Para quem usa constantemente chuteiras e o apito, ele falou que a rotina com jalecos e máscaras também é complicada.
- É uma luta, é difícil para todos. A prioridade como enfermeiro é no combate à pandemia, mas estava no melhor momento da minha carreira. É torcer para que passe logo, o que estamos tentando fazer é achatar a curva para que os hospitais aguentem.
Enfermeiro há 13 anos, Rafael ainda disse que usa o tempo vago dos jogos para estudar as regras do futebol e se manter em forma.
- No hospital, eu me esqueço do campo. Me condicionei a isso. Quando a situação se normalizar, volto a viver também a vida de árbitro - revelou ele.
Em Minas Gerias, outro árbitro fez o mesmo. O juiz mineiro Igor Junio Benevenutto decidiu ajudar na luta contra o coronavírus. Em meio à paralisação, ele passou a dar plantão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade de Sete Lagoas (MG). Benevenutto concluiu a faculdade de enfermagem em 2012.