Uma ação de marketing do Vasco repercutiu negativamente nesta terça-feira (28), gerando polêmica entre os torcedores nas redes sociais. O torcedor João Victor Correira Giffoni Hygino, um dos acusados de agredir Pedro Scudi, torcedor do Fluminense espancado em 2017, aparece atuando em um vídeo para provocar o rival Flamengo, por conta da marcação do jogo do Cruz-Maltino no Maracanã.
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Após diversas criticas e cobranças na web, a Vasco TV lamentou o episódio e pediu desculpas, em nota oficial na manhã desta quarta, A publicação foi retirada do ar ainda na terça-feira.
- A VascoTV lamenta que em vídeo veiculado ontem tenha sido utilizada, involuntariamente, a imagem de uma pessoa acusada de agressão. Tão logo a questão foi identificada, o vídeo foi retirado do ar. O Vasco da Gama pede desculpas pelo incidente e reafirma seu repúdio a qualquer tipo de violência e seguirá na luta por respeito, igualdade e inclusão - escreveu.
João Victor Correira e outros dois acusados foram absolvidos pela Justiça em abril de 2021. A ação em que ele participou revoltou muitos torcedores na web. No respectivo vídeo, João Victor aparece como garçom em um botequim, servindo uma cerveja ao Mascote Almirante.
O vídeo excluído ironizava a defesa do Flamengo, na ação em que o Vasco abriu para jogar contra o Sport no Maracanã, afirmando que a tese do clube é baseada em uma "lógica de conversa de botequim”. A Justiça deu ganho de causa ao Cruz-Maltino.
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Relembre o caso
O caso Pedro Scudi aconteceu em fevereiro de 2017, após uma partida do Fluminense em Xerém contra a Portuguesa-RJ. Conforme a denúncia do MPRJ, os acusados estavam em um carro e tentaram interceptar outros torcedores do Fluminense. Porém, como não conseguiram, avistaram Scudi em um ponto de ônibus sozinho e iniciaram o ataque.
No ano passado, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) decidiu por absolver os três acusados de agredirem o torcedor do Fluminense. O trio estava preso preventivamente e fazia parte de uma torcida organizada do Vasco.
Eles foram denunciados por tentativa de homicídio triplamente qualificado, associação criminosa e promoção de tumulto em eventos esportivos.
O tricolor foi agredido com barras de ferro e ficou em coma induzido, foram 157 dias internados. O torcedor precisou passar por diversas cirurgias e possui graves sequelas até hoje.