O comentarista Walter Casagrande analisou a convocação de Tite para os próximos confrontos da Seleção Brasileira nas eliminatórias para a Copa do Qatar, em 2022. Durante participação no SporTV, o ex-jogador disse que Tite, que também foi criticado na web, não tem 'coragem' para mudar e que o técnico limita a individualidade dos meias.
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- Falta ousadia no Tite, ele faz sempre a mesma coisa. Isso é falta de ousadia. Ele pode convocar seis jogadores diferentes, mas se ele não deixar o cara jogar com a característica do cara, com a cabeça livre pra jogar. (...) Ele tem certo receio de mudar aquilo que ele tem na cabeça que pra ele funciona. Então a gente não sai do lugar - disse.
- Depois da Copa do Mundo, o Brasil convocou 73% dos jogadores diferentes, mas não deu um passo pra frente no modo de jogar. Pra mim é a mesma coisa, lentidão, jogo chato de se ver, que joga muito com passe pro lado. Pouco vertical e que depende sempre do Neymar. O Neymar faz 90% das jogadas de ataque porque todo mundo procura o Neymar. Ele é o mais talentoso, sem dúvida alguma. Mas se o Tite deixar dois ou três jogar com características ofensivas dos caras, com um meio campo que toca mais vertical, o futebol ia melhorar. Eu não vejo muita chance do futebol da Seleção melhorar se a cabeça do Tite não melhorar. É muito pragmático. Falta ousadia, falta coragem - afirmou.
Casão ainda destacou que o Brasil é o segundo colocado no ranking da Fifa por enfrentar seleções de nível mais fraco, enquanto as europeias competem em alto nível umas com as outras.
- A seleção brasileira esta no segundo lugar o ranking jogando contra seleções sul-americanas e ganhando da Concacaf e de asiáticos. Enquanto a Bélgica em primeiro jogo com Itália, Inglaterra, com jogos mais intensos e muito bem jogados, melhor do que a Seleção Brasileira joga hoje, e já faz um bom tempo isso. Não é de agora. Essa falta de um jogo mais agradável faz o Tite ter falta de ousadia - analisou.
Por fim, o comentarista disse que o treinador não faz mais o mesmo trabalho de grande sucesso visto nas eliminatórias para a Copa da Rússia.
- Eu gosto do Tite como treinador, quando ele pegou a Seleção, nas eliminatórias pra 2018 em sexto lugar e terminou em primeiro. Mas aquele futebol lá das eliminatórias nunca mais apareceu - concluiu.