Semana 3 da NFL, semana 3 do Índice de Auxílio ao Quarterback (IAQ). Com a NFL avançando, temos uma melhor visão do gráfico elaborado por Rafael Kutter e algumas narrativas começam a ser melhor explicadas. Um ponto interessante é em relação ao entorno dos quarterbacks calouros – que, numa desastrosa semana 3, não tiveram muito auxílio dos seus recebedores no jogo aéreo.
Zach Wilson é o exemplo perfeito disso. O quarterback é um dos piores no gráfico tanto com relação aos passes dropados pelos seus companheiros de ataque, quanto às jardas ganhadas após a recepção. Mac Jones, Trevor Lawrence e Davis Mills estão um pouco acima no gráfico, porém ainda no ‘quadrante do mal’ e todos posicionados bem próximos.
Com uma amostragem ainda pequena, tendo feito somente na semana 3 sua estreia como titular, Justin Fields não tem visto seus recebedores sofrerem com muitos drops. Porém, no quesito jardas após a recepção, o quarterback não tem sido muito ajudado pelos atletas dos Bears, posicionado abaixo da média dos demais QBs da NFL.
Talvez isso ajude a explicar um pouco da falta de produção dos QBs calouros no ano. Isso, e é claro, a pressão que eles vem sofrendo; Justin Fields foi sackado nove vezes contra os Browns e Zach Wilson tem sido pressionado em menos de 2 segundos em média, por exemplo.
O que é o IAQ
Através de estatísticas de passes dropados (que são possíveis de recepção, mas o recebedor deixa cair), tentativas de passe e jardas conquistadas após a recepção - todas coletadas no site norte-americano Pro Football Reference -, o brasileiro Rafael Kutter tenta entenderu como os atletas no entorno de um quarterback o estão auxiliando a obter um bom desempenho na NFL.
Ou seja, para cada lançamento possível de ser recebido, foi avaliado se o recebedor deixou a bola cair e quantas jardas ele percorreu após ter a bola em sua mão, contribuindo, assim, para aumentar estatísticas do quarterback e auxiliar nas vitórias.
Claro que há outros dados não contemplados na estatística, como jardas distantes do marcador ao percorrer uma rota – aumentando assim a janela de lançamento do quarterback - ou análises mais subjetivas, como leitura de um recebedor para determinada cobertura. Mas o gráfico tende a dar uma ideia de quais quarterbacks estão melhores assistidos por seu time ofensivo na NFL.