O início da nova temporada da NFL promete ser também um marco nos esportes norte-americanos quanto à sequência dos protestos promovidos por atletas no atual período de ebulição que o país atravessa. As manifestações foram liberadas pela liga, que ainda anunciou uma nova medida: vai permitir que jogadores usem os nomes de vítimas de injustiça social nos helmets, os capacetes dos atletas.
Antes da NFL, a NBA adotou uma prática semelhante ao permitir que os atletas utilizassem mensagens de justiça social nas camisetas ao invés dos nomes. Posteriormente, a liga de basquete autorizou a sequência das frases e palavras de ordem com os nomes dos jogadores abaixo dos números.
A decisão da NFL é bastante significativa, uma vez que a liga sempre mostrou-se bastante arredia quanto a manifestações de atletas, principalmente quando as primeiras demonstrações eclodiram com Colin Kaepernick, que passou a se ajoelhar durante o hino nacional norte-americano e acabou escanteado pelas franquias, não recebendo nenhuma oportunidade como QB de um time desde então.
— Se um homem, uma mulher ou uma criança podem motivar outros a agir, o que um time poderia fazer? O que uma Liga poderia fazer? O que uma nação poderia fazer? — indagou a NFL em post nas redes sociais.
— Nesta temporada, a família NFL vai homenagear as vidas das vítimas da injustiça social e seu impacto. Diremos seus nomes — acrescentou.
Além disso, as franquias da liga estão encabeçando campanhas para que os torcedores se registrem para votar nas eleições gerais para a presidência dos Estados Unidos neste mês de novembro, caso do Kansas City Chiefs, atual campeão e que abre a temporada nesta quinta-feira.