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Preparador físico, Lucas Adolfo avalia Larissa Muniz sobre estreia na categoria masculina: ‘ela está pronta’

Profissional de preparação física ressalta que não haverá cuidado especial em relação à jogadora

Larissa Muniz vai disputar a Copa Nordeste de Futebol Americano masculina pelo Recife Mariners
imagem cameraLarissa Munis será a primeira mulher a atuar em uma equipe masculina do NordesteFoto: Fábio Câmara/Recife Mariners
Dia 23/03/2023
06:57
Atualizado em 23/03/2023
11:00

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O final de semana será especial para o FABR. A linebacker Larissa Muniz fará sua estreia na categoria masculina defendendo as cores do Recife Mariners no clássico contra o Recife Pirates, neste sábado (25/3), às 16, na Arena Pontenzinha, em Cabo do Santo Agostinho-PE. A defensora dos Mariners será a primeira mulher a atuar em uma equipe masculina nordestina.

A trajetória de Larissa Muniz no futebol americano começou no Brasília Pilots, time feminino que disputou a Liga Brasileira de Futebol Americano (Liga BFA) no ano passado. Com a sua mudança para a capital pernambucana por motivos profissionais, a atleta entrou em contato com o Recife Mariners pelo fato de não ter equipes femininas na região.

Para saber as condições de Larissa para um jogo na categoria masculina, a Valinor Conteúdo conversou com o preparador físico e running back do Recife Mariners, Lucas Adolfo. O profissional afirmou que a atleta está preparada e motivada para esse desafio.

Confira, abaixo, a entrevista:

Como está sendo a preparação da Larissa para disputar a Copa do Nordeste?

A Larissa, assim como qualquer outro atleta do time, treina e se dedica o máximo que pode dentro da sua realidade. Ela cuida da sua preparação física, não falta aos treinos e, sempre que precisamos de um atleta para alguma atividade, ela se apresenta. Acredito que ela está no caminho certo para conseguir jogar bem esse nosso próximo desafio.

Muito se tem falado sobre as possibilidades de a Larissa disputar a categoria masculina. Você que acompanha o dia a dia dela, como a avalia para essa competição?

Muito se fala porque é uma novidade. Os atletas e a sociedade não estão acostumados a ver alguém querer e se dedicar tanto ao ponto de romper certas barreiras. Muitos só aceitam as barreiras e se limitam até elas.

A Larissa é uma menina que sabe o que quer. Se não soubesse, já teria desistido. Ela é uma menina que sabe dos riscos. Se não, ela já teria desistido. Ela é determinada e sabe o que tem que fazer.

Ninguém está ignorando os riscos. Ela está pronta.

Haverá um cuidado maior em relação a ela para as partidas no masculino?

Não. A Larissa vem treinando com o time normalmente. Em campo são 11 contra 11. Sei que muitos acreditam que a condição física feminina pode ser um perigo para a integridade física dela, mas ela vem treinando bem, desenvolvendo o jogo, além de estar aprendendo a atacar e a se proteger dentro de campo como precisa. Ela tem plenas condições de jogar uma partida, fazer jogadas e contribuir com o nosso propósito como time.

Pelo fato de ser uma defensora, isso pode ajudá-la na adaptação na categoria masculina?

Acredito que é indiferente o lado da bola que ela joga. Quem acompanha sabe que não tem fase do jogo mais difícil ou mais fácil. Ataque, defesa ou times especiais… todos têm sua complexidade e se ela quiser jogar (o que ela quer) vai ter que correr atrás de dominar a fase do jogo que ela estiver.

O que esta experiência no masculino elevará o jogo da Larissa Muniz quando ela voltar para a categoria feminina?

Antes de ser uma experiência no masculino, é uma experiência nova em muitas coisas. É uma experiência para ela em outra região do país, é uma experiência para ela em outra cultura de futebol americano. Não podemos ignorar isso.

Esperamos que, a partir dela, outras mulheres possam conhecer e acreditar no futebol americano feminino. Que mais mulheres venham e que possamos ter uma liga de grande porte. Que o esporte cresça e que não precisemos mais de tantas dúvidas a respeito de uma mulher no meio do esporte.
Encaramos essa experiência com Larissa como uma oportunidade de elevar o jogo do país inteiro, tanto em campo quanto fora dele.

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