Com o adiamento do Thursday Night Football entre Dallas Cowboys e Baltimore Ravens, a semana 13 da NFL só começará no próximo domingo (06/12). Com isso, a NFL chega a dezembro faltando apenas cinco rodadas e 79 partidas para o fim da temporada regular de 2020.
Atlanta Falcons (4-7) vs. New Orleans Saints (9-2)
Já com sete derrotas, é difícil vislumbrar um cenário em que os Falcons consigam uma vaga para os playoffs, especialmente em um ano em que a disputa parece tão apertada. Vencer todos os jogos não seria por si só suficiente para Matt Ryan e companhia conseguirem a classificação, já que muitos times precisariam perder a maior parte de seus próximos jogos. Apesar da falta de objetivos concretos, não é exagero dizer que não falta a Atlanta motivos para vencer neste domingo.
A rivalidade entre Saints e Falcons é uma das mais acirradas da NFL e, mesmo com os Saints no topo da Conferência Nacional, a caminho de uma semana de descanso durante a primeira rodada de playoffs, é seguro dizer que o time da Geórgia dará mais trabalho a New Orleans do que deu duas semanas atrás. Com tempo para ajustar a todos os problemas enfrentados naquela semana, e com Taysom Hill tendo mais snaps como QB nas duas últimas partidas, Raheem Morris pode aproveitar da rivalidade divisional, além da surpreendente e maiúscula vitória sobre os Raiders na semana passada, para motivar seu elenco e arrancar a bye week dos Saints.
Ainda assim, a vantagem no confronto é toda dos Saints, e é um bom momento para apostar no primeiro passe para Touchdown da carreira de Taysom Hill. Alvin Kamara e Latavius Murray podem ser mais explorados do que foram no confronto anterior, tendo em vista o sucesso do jogo terrestre na partida contra Denver na semana 12. O mesmo não pode ser dito sobre Atlanta, que pode continuar sem Todd Gurley por mais uma semana.
Chicago Bears (5-6) vs. Detroit Lions (4-7)
A manchete desse duelo da NFC Norte pode ser bem definida por “ninguém está bem”. Os Bears, com cinco derrotas consecutivas, lutam para buscar a última vaga no wildcard, estando apenas um jogo atrás dos outros concorrentes. A situação do time não dá muitas esperanças, no entanto: mais uma vez com Mitch Trubisky no comando do ataque, parece difícil encontrar inspiração para uma arrancada em dezembro, e a possível ausência de peças importantes em ambos os lados da bola pode dificultar ainda mais o sonho de Chicago, que é voltar aos playoffs após um decepcionante 2019.
Os Lions também não têm muito com o que vibrar em 2020. Sem ambições reais de chegar aos playoffs nem atuações inspiradoras de seu quarterback, Matthew Stafford, o único gás que parece movimentar esse time na semana 13 é a recente demissão do head coach Matt Patricia e do general manager Bob Quinn. Rivalidades divisionais como esta são sempre difíceis de prever, especialmente quando ambos os lados estão em situações parecidas na tabela. Kenny Golladay desfalca o corpo de recebedores de Detroit, enquanto Jeff Okudah é ausência na secundária. Stafford também pode ficar de fora com uma lesão no polegar, mas a presença do QB no futuro da franquia de Michigan já caiu de “questionável” para “duvidoso”. Mesmo com apenas uma vitória nos últimos cinco jogos, o momento parece favorável para os Lions devolverem aos Bears a derrota sofrida na semana 1.
Tennessee Titans (8-3) vs. Cleveland Browns (8-3)
A batalha dos jogos terrestres acontecerá em Tennessee neste domingo! De um lado, o “trator”: Derrick Henry, com 1257 jardas de corrida (líder da NFL) e 12 TDs (2º), do outro: o “monstro de duas cabeças” do backfield de Cleveland: Nick Chubb, com 719 jardas e 6 TDs, e Kareem Hunt, com 706 jardas e 4 TDs. Os Browns lideram a NFL em jardas terrestres por partida (161,4), seguidos pelos Titans (158,2). Apenas essa informação permite concluir que a chance de não vermos mais de 50 passes sendo lançados neste jogo, somando os dois times, é real.
As defesas de ambos têm se dado relativamente bem defendendo corridas. Pode ser, então, que o jogo aéreo “decida” o destino deste confronto, que tem desdobramentos gigantescos em relação aos confrontos dos playoffs no próximo mês. Nesse sentido, a superioridade de Ryan Tannehill sobre Baker Mayfield em 2020 é bem considerável, mas a defesa aérea de Tennessee é a 5ª pior da NFL. O cornerback Denzel Ward é o principal desfalque dos Browns, enquanto os Titans sentirão falta de Adoree’ Jackson (também CB), do TE Jonnu Smith e de mais lesões na linha ofensiva.
Por mais que as análises estejam tão bem equilibradas, o favoritismo de Tennessee se dá pela consistência e pelo mando de campo. Ainda assim, em um jogo que será tão comandado pelas trincheiras, e considerando que Cleveland leva uma vantagem considerável em ambos os lados da bola nesse sentido, não seria de espanto algum se Derrick Henry tivesse um de seus piores jogos do ano e os Browns conseguissem a nona vitória.
New York Jets (0-11) vs. Las Vegas Raiders (6-5)
“Nada como um jogo contra os Jets para colocar seu time de volta no lugar”? É a mentalidade que Jon Gruden está tentando evitar trazer para este duelo, mas é a perspectiva real para a franquia de Las Vegas. Vindo de uma derrota bizarra contra os Falcons, os Raiders buscam fugir da condição de equipe que faz bons jogos contra times bons, mas que joga mal contra times ruins. Para provar que são melhores que isso, terão de superar as ausências de Josh Jacobs no jogo terrestre e de Johnathan Abram na defesa.
Fato é que o maior adversário dos Raiders neste jogo são eles mesmos, tendo em vista que, pela frente, eles têm os Jets. O retorno de Sam Darnold e de todas as peças do corpo de recebedores pareceu animador na semana passada, mas a realidade parece estar batendo na porta de NY e o “0-16” parece mais concreto a cada rodada. A melhor receita para a saúde mental do torcedor dos Jets que quer MUITO assistir futebol americano é sintonizar no college football, colocar no jogo de Clemson para acompanhar Trevor Lawrence jogando como QB. Raiders são favoritos por duas posses.
Miami Dolphins (7-4) vs. Cincinnati Bengals (2-8-1)
Independentemente de quem comece o jogo como quarterback dos Bengals, é provável que o escolhido seja jantado pela defesa dos Dolphins neste fim de semana. Com um pass rush surpreendente, e uma secundária jovem, que joga com muita intensidade, Brian Flores deve conseguir levar esse time aos playoffs, e ainda promete dar trabalho aos Bills na disputa pela AFC Leste. À medida que Tua Tagovailoa se desenvolve como um QB mais paciente em suas leituras que Ryan Fitzpatrick, o ataque sente falta de um certo equilíbrio que a linha ofensiva e o jogo terrestre (menos eficiente da NFL, com 3,6 jardas por carregada) não conseguem entregar. Uma evolução nas trincheiras poderia fazer com que Miami evoluísse de um bom time para um ótimo.
Dito isso, é certo que Cincinatti não deve apresentar uma ameaça muito séria nesta partida. Brandon Allen será o QB da equipe de Ohio, e a linha ofensiva - que já não é nada boa - perde o guard Alex Redmond para a partida devido a uma concussão. A torcida dos Bengals já começou a pedir a cabeça do head coach Zac Taylor, e a tendência é que, com ou sem Tua, os Dolphins vençam com muita folga.
Houston Texans (4-7) vs. Indianapolis Colts (7-4)
Os Colts precisam se recuperar da sapatada que tomaram de Tennessee na última semana para seguirem na busca do título da AFC Sul, que não vem desde 2014. Phillip Rivers será encarregado da vitória contra a fraca defesa de Houston, o que deve ser um duelo favorável nesta partida, mas talvez seja algo para Frank Reich pensar para as próximas semanas: reduzir a responsabilidade de seu QB. As vitórias dos Colts em 2020 estiveram atreladas ao desempenho de RIvers até aqui, o que é normal para uma franquia da NFL, mas, com uma linha ofensiva tão poderosa, e que aprecia tanto o run block, deveria ser possível usar o jogo terrestre como base para o ataque.
Ao contrário do esperado para o jogo terrestre de Indianapolis, a eficiência é uma das piores da liga (3,7 jardas por carregada). Uma mudança nesse padrão de jogo pode ser crucial para que eles avancem aos playoffs e sonhem com um retorno ao Super Bowl.
Os Texans, por outro lado, não têm ambições reais de chegar à pós-temporada, mas o momento da equipe faz com que as chances de uma vitória neste confronto sejam bem concretas. Deshaun Watson está jogando em nível de elite, Brandin Cooks vem jogando de forma sólida, e a linha ofensiva tem apresentado melhora em relação aos últimos anos.
O grande problema, porém, é a defesa: segunda pior da liga contra o jogo terrestre e extremamente falha na cobertura de passe. Apesar disso, Houston tem um forte grupo de pass rush, e pode capitalizar em cima da ausência de Anthony Castonzo na OL dos Colts. A suspensão de Will Fuller para o restante da temporada é o ponto crucial neste jogo, fazendo dos Colts favoritos fora de casa.
Minnesota Vikings (5-6) vs. Jacksonville Jaguars (1-10)
Os Vikings, ao contrário do que se esperava algumas semanas atrás, estão na briga por uma vaga no wildcard da Conferência Nacional. Para alcançar os playoffs pelo segundo ano consecutivo, porém, os Vikings terão pela frente a árdua tarefa de vencer todos (ou quase todos) os seus jogos restantes. Dito isso, a semana 13 é provavelmente a parte mais fácil do calendário de Minnesota em dezembro.
Os Jaguars estão na briga pelo posto de pior time da NFL há algum tempo neste ano. Após uma vitória inusitada na semana 1, somente derrotas vieram até aqui, e o time da Flórida está no caminho para uma das duas escolhas mais altas no draft de 2021. Ao contrário dos Jets, porém, o torcedor de Jacksonville pode ficar otimista com algo que já tem em campo: o jovem elenco que compõe a defesa tem plenas condições de se desenvolver bem até o ano que vem e, com tempo, tentar igualar o desempenho da assustadora equipe de 2017, que chegou à final da AFC.
Ainda assim, os Vikings são favoritos com a folga de duas posses de bola por dois motivos ENORMES: Dalvin Cook está saudável, o que, para a frágil defesa terrestre dos Jaguars é um problema enorme, e Adam Thielen está de volta, permitindo que Kirk Cousins volte a ter eficiência no jogo aéreo.
Arizona Cardinals (6-5) vs. Los Angeles Rams (7-4)
Cardinals e Rams se enfrentam num dos jogos mais aguardados da semana, possivelmente do mês. Com ambos os times em posição de playoffs, Los Angeles ainda tenta tomar a divisão dos Seahawks, enquanto Arizona se afastou mais dessa possibilidade e vai mais provavelmente se contentar com o wildcard.
Uma vitória aqui é crucial, portanto, para que o time de Kliff Kingsbury se garanta na pós-temporada pela primeira vez em cinco anos, e para isso Kyler Murray precisará usar de toda sua habilidade com as pernas para conseguir penetrar a defesa dos Rams.
A habilidade de DeAndre Hopkins em correr rotas curtas e fazer estrago após a recepção também será provavelmente explorada, tendo em vista o quão talentosa a é secundária de LA na cobertura em profundidade, e também considerando que esse plano de jogo deu certo para Kyle Shanahan e os 49ers na semana 12. Sean McVay certamente deve manter seu usual plano de jogo com um uso moderado de corridas e um jogo aéreo montado no play action, e precisará que seu corpo de linebackers consiga fazer um trabalho melhor contendo as corridas e o quick game adversário.
O favoritismo dos Rams é real, mas Kyler Murray pode se recuperar da sequência ruim - três derrotas nos últimos quatro jogos - caso esteja saudável e disposto a usar de sua agilidade para conseguir first downs quando não tiver wide receivers livres.
Seattle Seahawks (8-3) vs. New York Giants (4-7)
Ainda que este seja um jogo entre líderes de divisão, é difícil imaginar um duelo com mais disparidade. O favoritismo dos Seahawks em casa nesta semana 13 se amplia para duas posses de bola e bastante tranquilidade caso Daniel Jones não jogue pelos Giants. A probabilidade de NY contar com seu quarterback segundanista é bem pequena, graças a uma lesão na panturrilha, e Colt McCoy não move a agulha muito em prol da equipe de Joe Judge na análise do confronto.
Seattle precisará lidar com uma série de prováveis ausências, como a do OT Brandon Shell e do CB Tre Flowers. Damian Lewis também pode desfalcar a linha ofensiva, e Carlos Dunlap é dúvida na defesa. Apesar das perdas, a equipe de Pete Carroll tem suas principais peças no ataque e na defesa finalmente funcionando. DK Metcalf lidera a NFL em jardas de recepção (1039) e, junto de Tyler Lockett, deve atear fogo na secundária dos Giants. A equipe do estado de Nova Iorque pode complicar a vida de Russell Wilson se conseguir levar pressão ao QB e parar o jogo corrido de Chris Carson, mas sem Daniel Jones para capitalizar em cima disso, a vitória é difícil para os G-men.
Los Angeles Chargers (3-8) vs. New England Patriots (5-6)
Justin Herbert conhecerá neste domingo o terror que assolou muitos quarterbacks calouros da NFL nos últimos 20 anos: a defesa de Bill Belichick. Por mais que as coisas em New England não venham sendo tão maravilhosas nesta temporada, o veterano treinador pode se vangloriar de sua capacidade e tirar os QBs novatos de seu conforto nas primeiras leituras e trazer dificuldade às suas vidas dentro do pocket.
Um duelo interessante neste jogo será o corpo de recebedores dos Chargers contra a secundária dos Patriots. Caso Stephon Gilmore fique responsável por marcar Keenan Allen, Hunter Henry e Mike Williams podem tomar proveito disso nas bolas em profundidade. Caso Gilmore fique, por exemplo, em Williams, Allen pode abrir espaço no jogo em profundidade. Austin Ekeler está de volta, servindo como uma excelente válvula de escape para Herbert fazer o checkdown quando não encontrar WRs livres.
Apesar do grupo de ataque saudável em LA, New England pode tirar proveito das fragilidades de seu adversário nas trincheiras, implodindo a linha ofensiva e também neutralizando o pass rush da equipe da Califórnia. Cam Newton precisa voltar a jogar bem, porém, para que os Pats tenham chance de vencer.
O jogo terrestre, especialmente com Newton, tem sido o carro-chefe do ataque de Josh McDaniels, mas em algum momento New England pode precisar jogar com o quick game e passes longos, e esse ataque aéreo parece longe de estar engrenado.
Green Bay Packers (8-3) vs. Philadelphia Eagles (3-7-1)
Um duelo entre times na briga pelos playoffs? Sim! Um jogo com muita disparidade? De jeito nenhum. Aaron Rodgers lidera a NFL em passes para touchdown (33), enquanto Carson Wentz lidera a liga em interceptações (15). Os Packers lideram a NFL em pontos por partida (31,7), enquanto os Eagles estão em 25º nesse ranking (21.5). Green Bay venceu quatro de suas cinco partidas em casa e Philadelphia, por sua vez, perdeu quatro de suas cinco como visitante.
As únicas coisas que os dois times têm em comum neste momento - além de, por que não, a cor verde predominante - é a falta de peças no corpo de recebedores. Os Packers sentem falta um nome de respeito para cumprir a função de WR2 ao lado de Davante Adams. Os Eagles, em compensação, têm nomes fortes no grupo, mas nenhum que de fato chame atenção suficiente para ser um WR1, além da dificuldade de manter esse grupo todo saudável.
Tendo em vista que todo o resto que os dois times NÃO têm em comum parece favorecer Green Bay (exceto o front seven), é seguro afirmar que o time de Wisconsin tem todo o favoritismo neste domingo. Se Aaron Rodgers mantiver o ritmo dos três primeiros meses, é forte candidato ao prêmio de MVP.
Kansas City Chiefs (10-1) vs. Denver Broncos (4-7)
Mesmo com seu grupo de quarterbacks de volta, os Broncos são possivelmente o time menos favorecido em seu confronto da semana 13. Com os rivais de divisão Chiefs pela frente, pouco se sabe sobre a capacidade de Drew Lock e de seu veloz grupo de recebedores de igualar a agilidade do jogo aéreo de Patrick Mahomes. Vic Fangio tem sido muito criticado pela torcida de Denver e, caso seja demitido, receberá MUITAS propostas de emprego como coordenador defensivo.
Fato é que, por mais talentosa que essa defesa seja, é difícil demais parar Andy Reid e os atuais campeões do Super Bowl. O Sunday Night Football desta semana será um verdadeiro tiroteio de bolas aéreas, mas a tendência é que um lado acerte bem mais tiros que o outro.
Por mais que o favoritismo dos Chiefs chegue a dois touchdowns de vantagem para muitos especialistas, é um jogo que vale a pena assistir: Mahomes, Tyreek Hill, Travis Kelce e companhia prometem tomar os Broncos de assalto, e um ataque aéreo tão explosivo é sempre música para os ouvidos do fã da NFL.
Pittsburgh Steelers (11-0) vs. Washington Football Team (4-7)
Será que o Washington Football Team tem chances reais de encerrar a invencibilidade dos Steelers? A resposta curta para essa pergunta é: não, eu não apostaria muito dinheiro nisso. A resposta mais longa é: mesmo com Terry McLaurin saudável e Alex Smith jogando em alto nível - cena não vista desde antes de sua lesão em 2018 - é bem improvável que o Football Team se safe desta.
A verdade é que Pittsburgh não merece nenhum favoritismo por ampla margem de pontos, porque já vacilaram contra vários times infinitamente mais fracos e chegaram perto de perder o “zero” na coluna de derrotas. O jogo contra os Ravens na última quarta-feira, assim como contra os Cowboys na semana 9, provaram que os Steelers têm fraquezas e que é possível explorá-las com os ataques certos.
Mesmo com possíveis ausências na linha ofensiva e no backfield, o time da Pensilvânia deve levar a melhor sobre o da capital dos EUA nesta segunda-feira (7). A tendência é que os Steelers briguem pelo seed #1 com os Chiefs até o final do ano, e que Washington mantenha-se lado a lado com os Giants na briga pela NFC Leste até a semana 17.
San Francisco 49ers (5-6) vs. Buffalo Bills (8-3)
Sorrateiramente um dos melhores jogos da semana? Com certeza! Bills e 49ers prometem um verdadeiro showdown de filosofias diferentes de ataque. Buffalo, aproveitando o canhão que Josh Allen tem no braço direito, bombardeia as secundárias adversárias com bolas longas e rotas intermediárias, aproveitando da técnica e a velocidade para criar separação em todos os níveis do campo. San Francisco tem outro modus operandi: rotas curtas cruzando o campo para ganhar jardas após a recepção e um jogo corrido dominante tiram das costas do quarterback o peso de conduzir o ataque, sendo sua precisão o principal traço para a eficácia do sistema.
Defesas boas, que tiveram problemas na primeira metade da temporada e vêm se recuperando gradativamente desde novembro, também entram em campo nesta partida, que excepcionalmente será jogada no Arizona, já que o condado de Santa Clara proibiu a realização de eventos no Levi’s Stadium, a casa dos Niners. Sean McDermott precisa que sua defesa terrestre encontre sua forma ideal para conter o ataque de San Francisco, evitando que o time da Califórnia controle a bola e o relógio por quase todo o jogo.
Ainda assim, o ataque de Buffalo já provou sua força contra algumas das melhores defesas da NFL e, mesmo que tenha dificuldades iniciais, deve conseguir imprimir seu ritmo em cima da unidade coordenada por Robert Saleh. Bills favoritos no Monday Night Football pela menor margem possível.
Baltimore Ravens (6-5) vs. Dallas Cowboys (3-8)
O segundo “Tuesday Night Football” da temporada, que teria aberto a 13ª rodada na última quinta-feira (3), agora encerra a semana em um jogo de tudo ou nada para ambos os times. Os Ravens precisam vencer para voltar à caça aos playoffs: ao final de outubro, estavam um jogo atrás dos Steelers e com o seed #5 bem seguro. Cinco partidas (e quatro derrotas) depois, Baltimore está fora do quadro da pós-temporada e em terceiro lugar na AFC Norte, atrás até dos Browns.
Os Cowboys, no entanto, são uma visão relativamente relaxante para os olhos de seus adversários. Com cinco derrotas nos seis últimos jogos, a equipe de Mike McCarthy ainda tem chances remotas de vencer a NFC Leste, apesar de estar na lanterna após 12 semanas. Essas chances consistem, porém, em vencer oponentes amplamente superiores nas próximas rodadas, coisa que Dallas não tem conseguido fazer com consistência desde a lesão de Dak Prescott.
Mesmo que boa parte dos nomes ausentes na última quarta-feira desfalque os Ravens novamente, não é exagero dizer que o elenco que entrou em campo contra Pittsburgh e perdeu por apenas cinco pontos tem grandes chances de vencer os Cowboys. Baltimore segue como favorito para retomar o rumo em 2020 e chegar à pós-temporada.