Raio-X do Arizona Cardinals: técnico na corda bamba e secundária pedindo ajuda

Kliff Kingsbury inicia 2021 pressionado para, ao menos, chegar aos playoffs em sua terceira temporada como head coach dos Cards

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O Lance! segue, nesta quarta-feira (23), a série com os 32 times da NFL, falando sobre como cada equipe entra na offseason da temporada 2021. As principais necessidades, a situação no teto salarial e os melhores jogadores que têm seus vínculos encerrados são temas abordados neste texto. Hoje, continuamos a análise da NFC West, (veja abaixo matérias com equipes da própria NFC West, além da AFC South e NFC North). O foco do dia é o Arizona Cardinals, que, aparentemente, vai dar, em 2021, a última chance para Kliff Kingsbury guiar o time aos playoffs ou mudar o comando técnico da franquia.

NFC West: Los Angeles Rams, San Francisco 49ers e Seattle Seahawks.
> NFC North: Chicago Bears, Detroit Lions, Green Bay Packers e Minnesota Vikings.
> AFC South: Houston Texans, Indianapolis Colts, Jacksonville Jaguars e Tennessee Titans.

Última temporada
​O Arizona Cardinals deu esperanças ao seu torcedor em determinado momento da temporada, com a franquia estando bem posicionada para brigar pelo título da NFC West e chegar aos playoffs. Porém, o time desmoronou após incrível vitória sobre o Buffalo Bills, com hail mary de Kyler Murray para DeAndre Hopkins.

A partir deste jogão, a franquia não suportou a pressão e somou cinco derrotas e apenas dois triunfos, ficando fora da pós-temporada em mais uma oportunidade. Após a queda de produção, muitos apontaram que o treinador Kliff Kingsbury não era o melhor nome para conduzir o Arizona Cardinals. E circularam rumores de que a temporada 2021 será a última chance para que o treinador mostre ter potencial de, ao menos, chegar aos playoffs.

Kyler Murray deu mais um passo adianta na sua evolução como quarterback na NFL, tendo chegado a ser cogitado como um dos candidatos ao prêmio de MVP no meio da temporada passada. 

Situação do teto salarial
​Para 2021, a expectativa é que o CAP (teto salarial da liga) seja menor que o ano passado. Isso acontece devido à pandemia de coronavírus, que atrapalhou a arrecadação da liga no ano anterior, principalmente em termos de bilheteria. O valor para acomodar todos os contratos do ano é estimado em pouco mais de 185 milhões de dólares pelo site Spotrac, especializado em finanças dos esportes americanos.

O Arizona Cardinals tem um certo respiro no teto salarial, com mais de 17.2 milhões de dólares de espaço. Com o valor, entretanto, pouca coisa pode ser feita na franquia do deserto, com alterações contratuais e dispensas podendo ser realizadas nos próximos dias.

O edge rusher Chandler Jones seria o principal candidato a um corte, devido ao alto impacto que seu contrato terá no CAP em 2021. Contudo, a direção dos Cards já deu a entender que pretende contar com o defensor.

Jones, entretanto, deve prorrogar o seu vínculo, com Arizona diminuindo o impacto no teto salarial nesta temporada. Correm risco de dispensa, porém, o cornerback Robert Alford e o guard Justin Pugh, que somados liberariam mais de 14 milhões de dólares de espaço no CAP. 

Principais Free Agents
O Arizona Cardinals tem alguns dos principais jogadores da história recente da franquia na free agency. O wide receiver Larry Fitzgerald, que pode aposentar, e o cornerback Patrick Peterson ficam sem contrato em 2021. É de se imaginar que os Cards queiram o retorno de Fitzgerald, caso este ainda tenha vontade de jogar na NFL. Peterson, por outro lado, deve buscar novos ares.

Além dos dois astros, Markus Golden e Haason Reddick, que aterrorizaram os quarterbacks adversários em 2020, estão sem contrato e devem ser cobiçados no mercado, uma vez que a posição de edge rusher é uma das que mais atraem 'compradores' neste período. 

Principais necessidades
​Cornerback deveria ser a prioridade número 1 do Arizona Cardinals em 2021. E a franquia não precisa de apenas mais um nome no lado externo da secundária, mas seria inteligente trazer dois jogadores com potencial de titularidade para dar um upgrade no setor.

Além de CB, é importante trazer um tight end produtivo. Hoje, Cards, possivelmente, tem o pior grupo da posição em toda a NFL. Apesar de TE não ser uma prioridade no esquema ofensivo de Kliff Kingsbury, com os wide receivers sendo muito mais utilizados no jogo aéreo, um alvo grande e com enorme catch radius pode ser fundamental para mais um passo na evolução de Kyler Murray.

No topo da lista de prioridades de Arizona também tem que estar a melhora na posição de running back, com um talento com capacidade de produzir jardas terrestres, mas também sendo uma ameaça pelos ares. Para sorte dos Cards, no próximo Draft, há vários jogadores que se encaixam neste molde.

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