Ada Hegerberg fala sobre lesão no joelho: ‘Voltarei ainda mais forte’
Considerada umas da melhores jogadoras do mundo, a artilheira do Lyon falou sobre o desenvolvimento do futebol feminino: 'A Copa do Mundo abriu os olhos de muita gente'
Ada Hegerberg, artilheira norueguesa do Lyon, atingiu um alto no futebol feminino mundial e agora precisa superar o primeiro grande revés de sua carreira. Após sofrer uma lesão no ligamento cruzado do joelho, em janeiro passado, a jogadora usou o isolamento social como uma motivação para voltar ainda mais forte.
- No momento, tudo está indo muito bem, estamos seguindo o plano de trabalho e o joelho responde muito bem. Após os primeiros dois meses e meio, entramos em outra fase. Disseram-me que este era o período mais difícil, então, neste momento, tenho a máxima confiança, mas a situação não mudou nada. Minha filosofia é levar o tempo necessário para que, quando eu voltar, o faça com 100% de minhas habilidades. Você precisa fazer um esforço para poder voltar ao campo e também voltar com ainda mais força, porque essa é a minha ambição. É um desafio psicológico e físico, e isso me faz crescer - disse em entrevista ao Fifa.com.
Aos 24 anos e considerada umas das melhores jogadoras do mundo, Ada Hegerberg sabe a importância que carrega para o futuro. Questionada se já está preparada para assumir o posto de Marta e Megan Rapinoe na luta pelo desenvolvimento do futebol feminino, ela foi direta.
- Sim, mas para mim o mais importante, antes de tudo, é voltar, jogar futebol, se apresentar. Tudo sempre acontece durante o jogo, primeiro quero dar tudo na quadra. Mas hoje é quase impossível ser jogador de futebol sem lutar fora. Há muitas coisas a fazer e queremos melhorar, que existem as condições necessárias. O fato de muitas vozes de peso serem jogadores bastante experientes, que estão no final de suas carreiras também mostra que nem sempre é fácil ser ouvido. Existem muitas críticas e julgamentos na sociedade e no esporte. É possível que ao longo dos anos se tenha mais experiência e mais autoconfiança. É muito importante ter números excelentes que mostrem o caminho - disse.
Por fim, Hegerberg falou que o nível apresentado pelas seleções femininas na última Copa do Mundo já é um reflexo do desenvolvimento do futebol feminino.
- É a impressão que ficou para mim na França: a Copa do Mundo me abriu os olhos, foi um grande show. Vimos uma equipe americana que deu uma lição às equipes européias, mas no geral foi um grande torneio e grande publicidade para o futebol feminino. Agora isso tem que continuar no dia a dia dos clubes, porque ao longo da temporada muito trabalho é feito, e bem. O desafio é: preservar ao longo do ano o interesse que o futebol feminino desperta em uma Copa do Mundo - finalizou Ada.