ANÁLISE: Manchester City conta com mais sorte (e um dia inspirado de Ederson) do que juízo, mas faz valer superioridade na Champions League
Equipe de Pep Guardiola pouco ameaçou o gol defendido por Onana
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Na decisão da Champions League, o Manchester City não convenceu. Muito pelo contrário. Passou longe. Mas mostrou grandeza, uma mentalidade que se vê em poucas equipes e conquistou seu primeiro título de Liga dos Campeões ao derrotar a Inter de Milão por 1 a 0.
O Manchester City está reescrevendo a história do futebol. Uma equipe que se acostumou a erguer troféus nacionais realizou o sonho de um projeto iniciado em 2008 com a compra do clube pelo Abu Dhabi United Group. E também é uma espécie de exemplos para outros clubes, como Paris Saint-Germain e Newcastle, que aspiram outros patamares em seus livros.
No primeiro tempo, o Manchester City conseguiu ter um domínio sobre a Inter de Milão, mas criou apenas uma grande chance na partida que saiu dos pés de De Bruyne e terminou com uma finalização de Haaland para uma grande defesa de Onana. Mas muito pouco para uma equipe que investiu muito dinheiro ao longo dos últimos anos com o objetivo de vencer a Europa.
E após a lesão do meia belga, a equipe de Pep Guardiola parecia perdida e sem criatividade. Diante de um adversário com uma postura exemplar dentro de campo, o Manchester City precisou contar com a sorte em dois momentos para sair da fila dos candidatos ao título de Champions League e gozar com diversos rivais na Inglaterra.
Na segunda etapa, a Inter de Milão havia tido um início melhor e uma grande oportunidade com Lautaro Martínez, que parou em Ederson. E a sorte ajudou a equipe de Pep Guardiola na primeira boa chegada dos Sky Blues ao ataque. Bernardo Silva foi acionado pela direita e tentou um cruzamento que havia grandes chances de ser cortado pela defesa italiana. Mas um desvio em Acerbi e a bola sobrou na área para Rodri aparecer livre de marcação e estufar as redes.
Logo após o gol, o Manchester City não pressionou, não conseguiu fazer um segundo gol imediatamente. Longe disso. Sofreu e contou com a sorte em mais uma oportunidade. Na primeira chegada da Inter de Milão após o gol sofrido, Dimarco aproveitou uma bobeada da zaga do Manchester City após um lançamento de Dumfries para o centro da área, encobriu Ederson, mas a bola carinhosamente carimbou o travessão. E no rebote, o italiano cabeceou em cima de Romelu Lukaku.
Não bastasse a sorte, a equipe inglesa também precisou contar com um dia inspirado de Ederson. Em mais uma grande chance criada pela Inter de Milão, Lukaku recebeu um passe de Gosens na pequena área e cabeceou para o primeiro milagre do goleiro brasileiro. E no último lance da partida, Gosens aproveitou uma cobrança de escanteio, surgiu na primeira trave e cabeceou para o segundo milagre de São Ederson. E fim de jogo.
A sensação era de que a ansiedade estava tomando conta do Manchester City. O medo do favoritismo sair pela culatra parecia ser mais forte do que a vontade de vencer. Mas a equipe provou que a superioridade técnica faz a diferença com jogadores do mais alto nível do futebol mundial sendo decisivos nos momentos mais chaves da partida.
Na história, a conquista do Manchester City jamais ficará manchada por uma partida abaixo da média. E os jogadores e Guardiola reconhecem que o nível de jogo apresentado não tenha sido um dos melhores. Mas o que importa é que os Sky Blues venceram uma Champions League, enquanto outros grandes clubes da Inglaterra, como Arsenal, Tottenham e Everton ainda não chegaram no Olimpo da Europa.
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