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‘Após ficar refém de menino petulante, Barça faz jogo duro com Neymar. Mas pode ser tarde’

Jornalista do 'AS' diz que Barcelona teve dignidade arranhada pela forma como negociação do craque com o PSG ocorreu, mas diz que iminente saída dele pode mudar rumos no clube espanhol

Nesta quarta-feira o mundo acordou com a notícia de que Neymar deixou o Barcelona para tentar a sorte no PSG
'Barcelona permitiu que negociação ocorresse ao ritmo que PSG, Neymar e seus amiguinhos da rede social queriam. Clube tornou-se motivo de piada, e só agora tenta se corrigir'(Foto: JOSEP LAGO / AFP)

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É inegável que o Barcelona sobreviverá à saída de Neymar. Porém, terá de mudar muito o estilo de sua gestão, que levou o clube a viver por três semanas condicionado às vontades de atores externos, capazes de se aproveitar da incredulidade e da confusão reinantes na sala de reuniões da diretoria.

Da experiência vivida com Neymar, o Barça pode até aproveitar alguma vantagem desportiva. Porém, ficou marcado por uma fragilidade institucional (da qual, ao que parece, tenta corrigir depois deste episódio). Outros craques marcaram o clube, tanto por erguê-lo quanto por estender os melhores anos de sua história.

Neste caso, a saída de Neymar faz com que o Barcelona recebe uma quantia considerável de dinheiro, que deve investir sem pressa e de maneira centrada. O Barça continua a ter uma equipe fabulosa, que pode ganhar novas direções se avaliam critérios técnicos, e não de marketing. Por isto, a responsabilidade de Ernesto Valverde e José Segura são cruciais.

O momento é de deixar de lado figuras que satisfaçam os sócios e membros do marketing. O Barcelona tem a oportunidade única de mostrar que sua força desportiva está à altura do que se exige.

Em nível gerencial, sem dúvida faltou contundência ao longo do processo. O Barcelona deixou que a saída de Neymar ocorresse no ritmo que o PSG, o jogador e seus amiguinhos nas redes sociais queriam, a ponto de o clube catalão ser motivo de piada.

O clube "blaugrana" perdeu uma posição pública de autoridade, que desde o início deixava bem claro ao jogador "se você não quer estar aqui, nada acontece, traz o dinheiro e vai pelo caminho que você veio". Para, em seguida, mostrar um panorama bem diferente: uma instituição centenária tornou-se refém de um menino petulante, e implorando para que ele não fosse do clube, para a vergonha de seus torcedores.

Parece que, agora, com a porta batida, o roteiro foi mudado. O clube tem bloqueado milhões em prêmios de renovação, recorrendo à cláusula de rescisão. Fazem jogo duro.

Talvez seja tarde demais, mas têm de defender a dignidade de uma instituição que está acima de Neymar e de esta direção. Esperemos que este momento de dignidade não seja passageiro.


*Santi Giménez é jornalista do "AS"

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