Após ouro olímpico e bom desempenho no México, Gustavo Leal explora mercado sul-americano
Um ano após conduzir o Atlético de San Luis à semifinal da Liga MX, Leal faz movimento inverso ao mercado de treinadores do Brasil
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O nome de Gustavo Leal pode ainda não soar familiar aos ouvidos da maioria dos torcedores brasileiros, mas os frutos do trabalho do jovem treinador de 38 anos certamente já são bastante conhecidos do grande público. Em seus cinco anos à frente das equipes de base do Fluminense, em Xerém, Gustavo participou da formação de atletas como os volantes André (Wolves) e Martinelli, e os atacantes João Pedro (Brighton), Evanílson (Bournemouth) e Luiz Henrique (Botafogo).
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Após deixar o Fluminense, em 2019, Gustavo aceitou o convite de André Jardine para formar parte da comissão técnica da Seleção Brasileira Sub-23 e Sub-20. Como auxiliar, foi medalhista de ouro nas Olimpíadas de Tóquio, em 2021, e seguiu ao lado de Jardine numa experiência desbravadora em 2022: o mercado mexicano.
No Atlético de San Luis, filial mexicana do Atlético de Madrid, a dupla manteve o rumo do sucesso, o que fez com que, em 2023, Jardine fosse convidado a assumir o América, clube de maior torcida do país. Gustavo, então, assumiu as rédeas do Atlético de San Luis e fez história no modesto clube de San Luis de Potosi.
- Foi um grande desafio e uma experiência de enorme aprendizado para mim. O San Luis é um dos clubes de menor orçamento da liga e, antes da chegada da nossa comissão técnica, nunca tinha chegado ao mata-mata. Quando assumi como treinador, estabelecemos essa meta ambiciosa de ir além e fazer história. Todos no clube compraram a ideia, chegamos a liderar a Liga MX por algumas rodadas, algo inédito, e chegamos à semifinal do campeonato. Foi uma festa na cidade - afirmou Gustavo Leal.
Também com trabalho pelo STK Samorin, da Eslováquia, em 2018, Gustavo traça um caminho inverso ao que vem acontecendo com o mercado de treinadores no Brasil. Enquanto o país vem importando profissionais estrangeiros, em especial portugueses e argentinos, Gustavo vê no mercado sul-americano uma grande oportunidade. Estrategicamente, o profissional viveu seus últimos dias entre Colômbia e Equador, mercados pouco explorados por brasileiros.
- O mercado brasileiro é muito bom, evidente, mas isso não impede de explorar o futebol sul- americano, rico em cultura e talento. O Brasil exporta muitos jogadores e com treinadores não é assim. As experiências que tive no México e na Eslováquia reforçaram este meu pensamento, e venho me preparando para isso. Esse período vendo muitos jogos na Colômbia e Equador nos trouxe muita informação nova, desde o mercado de atletas, que é sempre importante estar atento às oportunidades, como também do plano tático e das competições - completou Leal.
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