Antes do jogo entre Arsenal e Barcelona, Luis Enrique, técnico dos catalães, disse que faz o seu trio formado por Messi, Neymar e Suárez funcionar falando "abracadabra", e que a magia funcionava. Durante boa parte do tempo, Arsène Wenger, treinador dos Gunners, conseguiu quebrar esse feitiço nesta terça-feira no Emirates Stadium, pela ida das oitavas de final da Liga dos Campeões. Porém, só tinha efeito durante um tempo. Na etapa final, o MSN brilhou, Messi fez dois e o Barça ganhou por 2 a 0 em Londres.
Desta forma, a definição fica para o dia 16 de março, no Camp Nou. na busca do título do Campeonato Inglês, o Arsenal tem clássico com o Manchester United neste doming. Líder do Campeonato Espanhol com folgas, o Barcelona recebe o Sevilla no mesmo dia.
Durante boa parte do jogo, Arsène Wenger de fato conseguiu quebrar o feitiço de Luis Enrique. Apesar de o Arsenal também ser um time que gosta de ter a posse de bola, teve humildade suficiente para admitir que desta vez não seria assim. Desta forma, ficou lá atrás e buscou saídas velozes.
O Barcelona teve muito mais posse. Mas sentia muitas dificuldades na hora de definir. Neymar ainda buscava jogadas individuais, porém nem sempre entrava. A área dos Gunners era praticamente um setor proibido em campo. O Arsenal jogou atrás, deixando Özil e Giroud mais adiantados e usando e abusando da velocidade de Oxlade-Chamberlain.
Chances reais eram raras, mas apareciam. A melhor e mais incrível na etapa inicial saiu quando a bola sobrou para Chamberlain na marca do pênalti, mas chutou em cima de Ter Stegen que já estava caído. Uma oportunidades dessas contra o Barça não se perde.
Na reta final do primeiro tempo, enfim a magia começou a surgir. Em boa troca de passes na frente, Suárez buscou Messi, mas não chegou. Logo depois, Busquets lançou Daniel Alves e buscou o uruguaio, que cabeceou para fora.
Logo na volta do intervalo, o Barcelona foi para cima. Neymar desperdiçou uma oportunidade incrível, recebendo na frente, mas não venceu Cech, que saiu bem e brilhou. A pressão catalã era mais contundente. Como o gol não vinha, o Arsenal voltou para o jogo. Giroud quase botou para dentro de cabeça. Nessa altura, a partida era equilibrada e muito boa.
E enfim o abracadabra foi dito. Após corte na defesa, Iniesta ligou para Neymar. O brazuca buscou Suárez e recebeu na frente novamente. O camisa 11 disparou, viu Messi entrando sozinho na área. E Messi sozinho na área, já era... Gol.
Na sequência, o Barcelona seguiu em cima. Em mais uma jogada do MSN, Suárez colocou na trave. Mas o Arsenal ainda buscava. Welbeck fez bom lance e quase que Ramsey empata. As mudanças de Wenger foram típicas "seis por meia-dúzia", que não alteravam tanto, só davam mais gás. Uma delas até atrapalhou.
Flamini tinha entrada no lugar de Coquelin, e cometeu pênalti em Messi. Ele mesmo cobrou e guardou. Daí para o fim, o Arsenal só não queria que o jogo terminasse logo, e o Barcelona ainda teve uma grande chance com Neymar de cabeça, que Cech defendeu. Mas não saiu, e mesmo assim os catalães garantem uma enorme vantagem para o jogo da volta no Camp Nou.
FICHA TÉCNICA
ARSENAL 0X2 BARCELONA
Local: Emirates Stadium, em Londres (ING)
Data-hora: 23/02/2016, às 16h45 (de Brasília)
Árbitro: Cüneyt Çakır (TUR)
Auxiliares: Bahattin Duran (TUR) e Tarik Ongun (TUR)
Gols: Messi (26'/2ºT), Messi (38'/2ºT)
Cartões amarelos: Monreal (ARS), Piqué (BAR)
Cartões vermelhos:
ARSENAL: Cech, Bellerín, Mertesacker, Koscielny e Monreal; Coquelin (Flamini, 36'/2ºT), Ramsey e Özil; Oxlade-Chamberlain (Walcott, 4'/2ºT), Sánchez e Giroud (Welbeck, 27'/2ºT). Técnico: Arsène Wenger
BARCELONA: Ter Stegen, Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Jordi Alba; Busquets, Rakitic e Iniesta; Messi, Neymar e Suárez. Técnico: Luis Enrique