‘Atlético de Madrid e Leicester possuem muitas semelhanças’

imagem cameraClaudio Ranieri  e Diego Simeone estão dando o que falar na Europa e no mundo (Foto: Montagem/LANCE!)
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Lance!
Londres (ING)
Dia 28/04/2016
16:20
Atualizado em 29/04/2016
19:12
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Agora que todos nós estamos vivendo no mundo Leicester City, é difícil assistir a Champions League sem saber como seus luxuosos integrantes vão lidar com os soldados de Claudio Ranieri na próxima temporada. O virtual campeão inglês vai se dar bem se chegar perto das experiências recentes do Atlético de Madrid. E Pep Guardiola vai saborear os duelo contra o Leicester na Premier League da próxima temporada, tanto quanto eles está ansioso para reverter a desvantagem de 1 a 0 no jogo de volta, na próxima semana, pelas semifinais da Liga dos Campeões, diante da da equipe de Diego Simeone.

Atlético e Leicester obviamente não são idênticos (do lado espanhol é um modelo mais avançado, sendo tecnicamente mais agradável, mesmo com Riyad Mahrez sendo capaz de produzir uma jogada espetacular como a de Saúl Ñíguez contra o Bayern), mas as equipes têm semelhanças surpreendentes.

Ambos produzem performances heroicas por jogadores rejeitados por clubes mais poderosos (como fez o Chelsea com Filipe Luís, como fez o Manchester City com Stefan Savic, como fizeram os Blues quando venderam o badalado Fernando Torr... bem, algumas coisas simplesmente não podem ser explicadas). As duas equipes jogam em verdadeiros caldeirões que estimulam os jogadores; ambas as equipes podem contra-atacar com uma velocidade surpreendente; e, acima de tudo, ambas as equipes jogam com uma intensidade que deixam os adversários fora de si durante os 90 minutos. 

Quer se trate de José María Giménez ou Wes Morgan, Gabi ou N'Golo Kanté, ambas as equipes estão cheias de jogadores que, pela forma como eles se lançam na frente de bolas e preenchem espaços, exalam um espírito que sugere que eles se realizariam competindo em uma maratona.

A coisa mais irritante, possivelmente, até mesmo desconcertante para Guardiola é a forma que o Atlético venceu neste jogo de ida, talvez mais pela vontade dos jogadores do que pela tática. É claro que o posicionamento e movimentação dos jogadores foi relevante - Bayern parecia surpreso com a forma avançada que os espanhóis pressionaram no primeiro tempo, que foi bastante diferente de como eles tinham parado o sagrado trio MSN do Barcelona, e isto indicou que Diego Simeone observou como o Bayer Leverkusen de Roger Schmidt anulou o Bayern em fevereiro. Mas o que foi mais decisivo foi a precisão na finalização do Atlético de Madrid.

Portanto, até mesmo as equipes mais talentosas têm que se igualar a Atlético e Leicester em aspectos emocionais se quiserem derrotá-los.

Paul Doyle é colunista do "The Guardian"

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