Madri está em festa. Afinal, os dois clubes mais tradicionais da capital espanhola farão a grande final da Liga dos Campeões, no dia 28, em Milão. O encontro em uma decisão europeia não chega a ser uma novidade e aconteceu há dois anos. Os Colchoneros tinham a conquista nas mãos até os 48 minutos do segundo tempo, quando Sergio Ramos empatou a partida e deu início a goleada e o décimo título merengue. Mas a pergunta que fica é: o que mudou de lá para cá?
Primeiramente o cenário. Até o início do mês passado muitos duvidavam que o Real e, principalmente, o Atlético chegariam até a decisão. Os comandados de Zidane viveram uma temporada de oscilação. A galera de Simeone regular na Espanha, mas vista com desconfiança para a reta final da Champions. A queda de rendimento do Barcelona acabou sendo um dos impulsos para a dupla da capital espanhola ganhar confiança no país e no continente.
Os elencos também sofreram modificações significativas. O Real Madrid perdeu alguns protagonistas de seu estrelado grupo. Os destaques são o goleiro Casillas, atualmente no Porto, e Dí Maria, que teve uma passagem apagada pelo Manchester United e agora está no PSG, e Xabi Alonso, que defende o Bayern de Munique. Mantendo a tradição de contratações galácticas, Florentino Pérez buscou nomes como Toni Kroos, James Rodríguez, Navas. Todas elas foram na temporada anterior. Nesta o clube merengue "segurou" a onda.
Pelo lado do Atlético as saídas foram maiores e mais significativas. Para se ter ideia, nomes como Diego Costa, Raúl Garcia, Miranda, Courtois, Arda Turan e David Villa são os mais representativos que hoje não fazem mais parte do elenco colchonero. Por outro lado, o clube mostrou mais uma vez habilidade para manter o elenco em alto nível com as reposições. Griezmann e Oblak chegaram, enquanto Saúl, cria da base, ganhou espaço. Além disso, Filipe Luís e Fernando Torres retornaram.
Os homens que comandam as equipes mudanças apenas do lado branco. Carlo Ancelotti deixou o cargo no fim da temporada passada. Rafa Benítez foi contratado, mas ficou apenas até janeiro, quando assumiu o ídolo Zidane. Já o Atlético segue firme e forte com Simeone, muito festejado pela sólida campanha no clube e, principalmente, nesta temporada.
Entre mudanças, novidades e velhos conhecidos, a grande certeza dos torcedores, sejam eles de Atlético ou Real, é uma só: o encontro em Milão tem tudo para ser novamente uma página marcante na história do futebol espanhol e da Liga dos Campeões. Para os Colchoneros é o último trauma a ser eliminado e a conquista do inédito título. Para os Merengues o 11º e aumento da vantagem como o maior vencedor do torneio. Quem leva?