Bale e o País de Gales querem honrar os heróis de guerra britânicos

Em 2014, após um empate com a Bélgica, o time de Chris Coleman visitou os túmulos dos soldados galeses mortos na Primeira Guerra Mundial

imagem cameraBale é a grande estrela de Gales (Foto: AFP/PASCAL GUYOT)
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Lance!
Paris (FRA)
Dia 02/07/2016
15:34
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Gareth Bale e seus companheiros de seleção estão fazendo história na Eurocopa 2016. Mas a evolução dessa geração galesa vai além do que se pode imaginar. A vitória sobre a Bélgica por 3 a 1 nas quartas de final trouxe de volta memórias de um momento revelador do crescimento do time - principalmente de Bale. 

Em novembro de 2014, o time de Chris Coleman empatou por 0 a 0 com uma forte e badalada Bélgica em um jogo de eliminatórias no Estádio King Baudouin, em Bruxelas. Foi um resultado que mostrou que eles podiam ser grandes adversários, mas, mais do que isso, foi uma viagem que demonstrou a crescente unidade no time e o grande caráter dentro do grupo.

Memorial galês em Flanders, na Bélgica (Foto: Wales Online)

Ao invés de voltar logo para casa, eles escolheram viajar 150 quilômetros para visitar um memorial de guerra dos soldados galeses que perderam suas vidas na Primeira Guerra Mundial.

- Pode parecer uma imagem de visita escolar, mas a maturidade e humildade do elenco foi ilustrada naquela manhã onde houve apenas uma reflexão tranquila e discussão sobre o lugar, ao invés de gritos e excessos por vezes associados a jogadores de futebol na percepção pública - disse Chris Wathan em seu livro "Together Stronger" (Mais Fortes Juntos, em tradução livre), que fala sobre o nascimento da geração de ouro de Gales.

- Na manhã após o jogo em Bruxelas, os jogadores desistiram de voltar mais cedo para casa e fizeram uma viagem de quatro horas para Flanders, no Artillery Wood Cemetery, onde 1.307 soldados estão enterrados ou são lembrados. A maioria era galesa.

Bale pediu para visitar o túmulo de Hedd Wyn (Foto: Wales Online)

Durante esse período, Bale pediu para ver o túmulo de Hedd Wyn, o poeta galês que foi morto na Batalha de Passchendaele. Segundo o autor, o destaque da seleção ficou interessado no poeta após ouvir histórias de sua mãe.

- A delegação não tinha certeza de como os jogadores iriam reagir à tentativa de sublinhar a importância da história do país e as pessoas que eles representavam quando vestiam a camisa vermelha. Mas viram uma equipe que estava ansiosa para entender junto.

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