Karim Benzema já está conformado em não participar da Copa do Mundo da Rússia. Fora da seleção francesa desde outubro de 2015 por conta do escândalo de chantagem com o ex-companheiro Mathieu Valbuena, ele concedeu entrevista à revista "Vanity Fair" e disse que o treinador Didier Deschamps sabe onde encontrá-lo caso necessite.
- O que eu posso fazer? Nada. Já tenho 30 anos, dois filhos. Estou tranquilo aqui. Se precisarem de mim, já sabem onde estou. Não falo com o treinador há muito tempo. Sem trocar palavras é muito difícil.
Benzema também falou sobre aspecto político. Ele explicou o motivo de não cantar o hino francês e o comentário do primeiro-ministro gaulês, Manuel Valls.
- Se ouvirmos bem, a Marselhesa incita a guerra. Não gosto disso. Quando um primeiro ministro fala de você já não é futebol. Acho que não tem que misturar futebol e política. No meu caso o assunto é político - afirmou o camisa 9 do Real Madrid.
No próprio time merengue, Benzema não vive boa fase. A imprensa espanhola crava que ele deve sair do Real na próxima temporada e já coloca alguns possíveis substitutos, como Lewandowski e Harry Kane. São apenas nove gols em 38 partidas em 2017/18.
- Jogo futebol para ajudar os meus companheiros e para ganhar tudo. Se vejo que posso passar para que outro marque, eu o faço. Se acho que eu posso marcar, então que finalizo. É indiferente que meu nome esteja sempre nos jornais, isso não significa nada. Jogo para que valorizem o que eu faço em campo. Os que vão ao estádio vaiar vaiam. Não vou mudá-los - disparou:
- Não é que eu seja indiferente quando falam mal de mim, mas eu sou justo. Quando eu jogo mal não preciso ler o jornal para saber. O que eu não gosto é que me ataquem quando jogo bem, ainda que não faça um gol.