Não houve Marcelo Moreno no Mineirão - onde o centroavante fez história pelo Cruzeiro - que impedisse a Venezuela de aproveitar a vitória brasileira sobre o Peru e garantir a segunda colocação do Grupo A da Copa América. Mostrando organização e bom volume ofensivo, a seleção Vinho Tinto contou com dois gols de um inspirado Machís e um de Martínez para vencer a Bolívia por 3 a 1, neste sábado, em Belo Horizonte. Justiniano descontou para os bolivianos.
Nas quartas de final, a Venezuela encara o segundo colocado do Grupo B - cuja liderança está garantida pela Colômbia. Paraguai, Qatar e Argentina brigam pela segunda posição da chave. A Bolívia, por sua vez, se despede da Copa América com nenhum ponto conquistado.
A TODO VAPOR!
Sem tempo para conversas, a Vinho Tinto colocou a Bolívia contra as cordas logo no primeiro minuto. Em jogada bem trabalhada, Savarino encontrou Hernández na direita, que cruzou para Machís antecipar-se à marcação boliviana, testar forte e abrir os trabalhos no Mineirão.
AS VILÃS
Mesmo faltando organização, a seleção boliviana mostrou ímpeto, mas parou na trave duas vezes. Primeiro, Arano recebe recebeu de Ramiro Vaca na entrada da área e encheu o pé. Com a ponta dos dedos, Fariñez desviou e a bola explodiu no poste direito. Já no fim do primeiro tempo, Castro, novamente no limite da área, pegou uma sobra, ajeitou para a direita e soltou a bomba, que parou na trave esquerda da Venezuela.
MORENO NÃO FEZ
A dois gols de se tornar o maior artilheiro da história de 'La Verde', Marcelo Moreno sofreu com o excesso de erros da Bolívia no ataque. O centroavante ficou isolado no ataque e, na maioria das vezes, recebeu lançamentos longos ruins, cercado por dois ou mais marcadores.
SHOW MACHÍS
O camisa 7 da Venezuela estava impossível neste sábado. Aos nove da segunda etapa, o jogador recebeu na esquerda, cortou para o meio e, da risca da grande área, acertou um lindo chute, que ainda sofreu leve desvio e entrou perto do ângulo esquerdo de Lampe. Um golaço. Aos 21, o atacante recebeu uma bola viajante na área e, por pouco, não marcou o terceiro em um voleio espetacular.
ATOS FINAIS
Sustentada pela boa vantagem, a Venezuela passou a jogar com menos responsabilidade e desandou a perder chances. Com "quem não faz, toma", Justiniano, em conta-ataque, descontou para a Bolívia. Astro da liga americana, Josef Martínez freou qualquer reação de La Verde com o terceiro gol venezuelano, aos 41 do segundo tempo, dando números finais à partida.
FICHA TÉCNICA
BOLÍVIA 1 X 3 VENEZUELA
Estádio: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Data/hora: 22 de julho de 2019, às 16h
Árbitro: Esteban Ostojich (URU)
Assistentes: Nicolas Taran (URU) e Richard Trinidad (URU)
VAR: Nestor Pitana (ARG)
Público total/renda: 11.746 / R$ 631.605
Cartões amarelos: Justiniano e Raúl Castro (BOL)
Cartão vermelho: não houve
GOL: Machís,1'/1ºT (0-1); Machís, 09'/2ºT (0-2); Justiniano, 36'/2ºT (1-2); e Josef Martínez, 41'/2ºT (1-3)
BOLÍVIA: Lampe; Diego Bejarano, Haquín, Jusino e Marvin Bejarano Roberto Fernández, 36'/2ºT); Justiniano, Arano, Saucedo, Ramiro Vaca; Leonardo Vaca (Raúl Castro, 33'/1ºT) e Marcelo Moreno (Gilbert Álvarez, 32'/2ºT). Técnico: Eduardo Villegas.
VENEZUELA: Fariñez; Hernández, Chancellor, Mago e Rosales; Moreno e Rincón; Machís (Josef Martínez, 26'/2ºT), Savarino e Añor (Soteldo, 12'/2ºT); Salamon Rondón (Murillo, 40'/2ºT). Técnico: Rafael Dudamel.