A Seleção Brasileira está convocada para a Copa América, no entanto, outros jogadores brasileiros também disputarão uma competição de seleções neste mês de junho, a Eurocopa. O maior torneio de seleções, depois da Copa do Mundo, contará com sete jogadores brasileiros naturalizados europeus, mas que poderiam facilmente defender a Amarelinha.
A edição de 2021 da Eurocopa será a mais brasileira de todas as edições. Ao todo, serão sete jogadores que poderiam ter defendido as cores da nossa Seleção, caso optassem por isso. A Itália é a seleção mais brasileira da Euro, com três jogadores nascidos no Brasil entre os convocados para a competição, cuja a Azzurra estreia já nesta sexta-feira, contra a Turquia, no Estádio Olímpico de Roma, às 16h (de Brasília).
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Vale lembrar que apenas dois brasileiros já conquistaram o título da Eurocopa. Em 2008, o meio-campista Marcos Senna levantou o troféu quando defendeu as cores da seleção espanhola, e em 2016, Pepe foi um dos grandes nomes da conquista inédita de Portugal.
VEJA QUEM SÃO OS BRASILEIROS NA EUROCOPA 2021
RAFAEL TOLÓI - ITÁLIA
Um dos grandes nomes da Atalanta desde 2015, o zagueiro ex-Goiás e ex-São Paulo se encontrou no time italiano, e as boas atuações com a camisa de La Dea fez com que a naturalização fosse praticamente inevitável. A FIFA reconheceu o zagueiro como italiano em fevereiro deste ano, o deixando livre para ser convocado por Roberto Mancini para as Eliminatórias e para a Eurocopa. Pelo Brasil, Tolói atuou apenas por seleções de base.
JORGINHO - ITÁLIA
Praticamente desconhecido no futebol brasileiro, o atual volante do Chelsea, campeão da Uefa Champions League, chegou em solo italiano aos 15 anos de idade, e foi um dos grandes nomes do Napoli de Maurizio Sarri. Sem ter atuado por um time brasileiro na carreira, a naturalização foi feita sem maiores problemas, e desde então, o meio-campista tem 28 jogos pela Itália, com 5 gols marcados.
EMERSON PALMIERI - ITÁLIA
Assim como Jorginho, o lateral-esquerdo é atual campeão da Uefa Champions League com a camisa do Chelsea. Nascido em São Paulo, Emerson é formado no Santos, mas foi cedo para o futebol italiano, primeiro para o Palermo e depois vestiu a camisa da Roma, clube onde teve maior destaque e onde 'se tornou' italiano. O jogador defende as cores da Itália desde 2018.
MÁRIO FERNANDES - RÚSSIA
Formado no Grêmio, o lateral-direito chegou ao CSKA em 2012 e se tornou um dos grandes nomes do futebol local. O destaque foi tanto que, em 2016, o jogador se naturalizou russo. Desde então, o lateral é titular da seleção russa, com 29 jogos e uma Copa do Mundo disputada, com direito a gol decisivo em jogo mata-mata. A história curiosa é que Mário Fernandes chegou a disputar um amistoso pela Seleção Brasileira, em 2014, contra o Japão. Em 2011, o lateral disse 'não' para uma convocação feita pelo então treinador da Seleção, Mano Menezes.
MARLOS - UCRÂNIA
Um dos nomes de destaque do futebol brasileiro em 2009/2010, Marlos chamou atenção de clubes europeus com a camisa do São Paulo e foi vendido ao Metalist em 2012. Do Metalist, Marlos foi para o Shakhtar Donetsk, clube conhecido pela legião de jogadores brasileiros, no ano de 2014 e defende as cores da equipe desde então. Em 2017, o jogador foi oficialmente naturalizado ucraniano e hoje, com 33 anos, vai disputar sua primeira Eurocopa com a seleção.
PEPE - PORTUGAL
Mais experiente da lista e atual campeão da Euro, o zagueiro Pepe vai para sua última competição com as cores da seleção portuguesa. Aos 38 anos de idade, o zagueiro luso-brasileiro defende Portugal desde 2007 e acumula 115 jogos. O defensor nunca atuou profissionalmente no Brasil, já que chegou aos 17 anos ao Marítimo junto ao Corinthians Alagoano. Desde então, Pepe vestiu as camisas de Porto, Real Madrid e Besiktas, além de disputar três Copas do Mundo.
THIAGO ALCÂNTARA - ESPANHA
Dos nomes na lista, o volante é o único que não nasceu em solo tupiniquim. Filho do ex-jogador Mazinho, Thiago nasceu na Itália, mas escolheu defender a seleção espanhola, onde foi convidado para atuar já nas categorias de base. Mazinho tentou fazer com que o meia vestisse a camisa da Seleção Brasileira e chegou a conversar com a CBF para observar o jogador, mas que a entidade declinou por Thiago não ter nascido no Brasil, apesar de ter a nacionalidade. Desde então, o jogador é figurinha carimbada na Seleção Espanhola, com 42 jogos desde 2011.