O atacante Diogo, com passagens de destaque pela Portuguesa, conquistou mais um título para a sua coleção de troféus desde que chegou no futebol do sudeste asiático. Com gol na partida decisiva, o brasileiro ajudou o Johor DT a ser campeão na Malásia pela sétima vez consecutiva. Aos 33 anos, o veterano contou para o LANCE! sobre sua experiência no exterior e analisou um possível retorno ao futebol brasileiro.
Aventura na Malásia
Há dois anos atuando na Malásia, Diogo viveu a temporada mais enxuta de sua carreira em 2020, uma vez que o campeonato nacional parou em março e retornou apenas em agosto, sendo um dos últimos locais a receber jogos de futebol. Além do principal torneio local, o veterano ainda segue vivo na Liga dos Campeões da Ásia e analisou o período da pandemia da Covid-19.
- Eu acho que nós voltamos melhor do que estávamos, mas muito por conta da estrutura que o time tem em comparação às outras equipes. O maior sonho para um time da Malásia é passar de fase na Liga dos Campeões da Ásia. O clube tem muita estrutura. É claro que o futebol local não se compara com o futebol japonês, chinês e coreano, que investem há muitos anos, mas dá para chegar longe.
Na atual edição, o time de Diogo caiu no grupo do Guangzhou Evergrande, dos meio-campistas brasileiros Paulinho e Talisca, além do Elkesson e Aloísio Boi Bandido no setor ofensivo, Vissel Kobe, de Iniesta e Suwon Bluewings, tradicional clube coreano. O artilheiro comentou que acredita que o Johor pode se estabelecer entre os melhores times do futebol no continente e contou sobre a experiência que teve contra o craque espanhol.
- Pela estrutura do Johor, sempre buscando contratar os melhores estrangeiros e com o campeonato local melhorando, acho que podemos chegar entre os oito melhores asiáticos. O Iniesta é um craque, um dos melhores da posição. Dividir o campo com um jogador desse nível é importante e ele tem muita qualidade.
Início na Tailândia
Após passar por momentos conturbados no futebol brasileiro e perdendo tempo na carreira com algumas lesões, Diogo optou por jogar no Buriram United em 2015, quando ainda tinha 28 anos. A parte financeira pesou na decisão, mas o atacante acabou se apegando ao país, onde permaneceu por quatro anos e contou sobre sua adaptação.
- O que mais me chamou atenção foi a parte financeira. Eu não conhecia sobre o futebol tailandês e chegando lá, me surpreendi bastante. O povo foi muito receptivo e isso me fez ficar bastante tempo e ajudou na minha adaptação. Eu cheguei e encaixei rápido no time. Se alguém vier na Tailândia e não se dedicar, a pessoa não vai render como é esperado.
Retorno ao Brasil
Longe do Brasil há cinco anos, Diogo não pensa em retornar ao país neste momento, mas sim permanecer no futebol asiático. O camisa oito quer atuar em um lugar que se sinta útil dentro do elenco e que possa entregar o melhor futebol possível e apesar de não descartar um regresso à Portuguesa, enxerga a volta com dificuldade.
- Eu e minha família nos adaptamos bem. Meu contrato vai até o final do ano, mas minha cabeça não de voltar e devo ficar pela Ásia. Eu penso em jogar até eu achar que posso contribuir. Caso contrário, eu não sei se volto para encerrar a carreira no Brasil. Ver a Portuguesa que revelou tanto jogador até para seleção brasileira nessa situação é triste. Hoje, eu acho que a Portuguesa precisa de sangue novo. Não quero voltar para dizer que encerrei a carreira ou para fazer número.