Campeão na Malásia, Diogo abre o jogo sobre vida no sudeste asiático e possível retorno para a Portuguesa

Atacante se tornou bicampeão com o Johor DT e sonha com boa participação na atual edição da Liga dos Campeões da Ásia em grupo com time de Iniesta e gigante chinês

imagem cameraDiogo chegou ao Johor em 2019 e pretende permanecer no clube aos 33 anos (Foto: Divulgação)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 06/10/2020
09:36
Atualizado em 06/10/2020
10:40
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O atacante Diogo, com passagens de destaque pela Portuguesa, conquistou mais um título para a sua coleção de troféus desde que chegou no futebol do sudeste asiático. Com gol na partida decisiva, o brasileiro ajudou o Johor DT a ser campeão na Malásia pela sétima vez consecutiva. Aos 33 anos, o veterano contou para o LANCE! sobre sua experiência no exterior e analisou um possível retorno ao futebol brasileiro.

Aventura na Malásia

Há dois anos atuando na Malásia, Diogo viveu a temporada mais enxuta de sua carreira em 2020, uma vez que o campeonato nacional parou em março e retornou apenas em agosto, sendo um dos últimos locais a receber jogos de futebol. Além do principal torneio local, o veterano ainda segue vivo na Liga dos Campeões da Ásia e analisou o período da pandemia da Covid-19.

- Eu acho que nós voltamos melhor do que estávamos, mas muito por conta da estrutura que o time tem em comparação às outras equipes. O maior sonho para um time da Malásia é passar de fase na Liga dos Campeões da Ásia. O clube tem muita estrutura. É claro que o futebol local não se compara com o futebol japonês, chinês e coreano, que investem há muitos anos, mas dá para chegar longe.

Na atual edição, o time de Diogo caiu no grupo do Guangzhou Evergrande,  dos meio-campistas brasileiros Paulinho e Talisca, além do Elkesson e Aloísio Boi Bandido no setor ofensivo, Vissel Kobe, de Iniesta e Suwon Bluewings, tradicional clube coreano. O artilheiro comentou que acredita que o Johor pode se estabelecer entre os melhores times do futebol no continente e contou sobre a experiência que teve contra o craque espanhol.

- Pela estrutura do Johor, sempre buscando contratar os melhores estrangeiros e com o campeonato local melhorando, acho que podemos chegar entre os oito melhores asiáticos. O Iniesta é um craque, um dos melhores da posição. Dividir o campo com um jogador desse nível é importante e ele tem muita qualidade.

Início na Tailândia

Após passar por momentos conturbados no futebol brasileiro e perdendo tempo na carreira com algumas lesões, Diogo optou por jogar no Buriram United em 2015, quando ainda tinha 28 anos. A parte financeira pesou na decisão, mas o atacante acabou se apegando ao país, onde permaneceu por quatro anos e contou sobre sua adaptação.

- O que mais me chamou atenção foi a parte financeira. Eu não conhecia sobre o futebol tailandês e chegando lá, me surpreendi bastante. O povo foi muito receptivo e isso me fez ficar bastante tempo e ajudou na minha adaptação. Eu cheguei e encaixei rápido no time. Se alguém vier na Tailândia e não se dedicar, a pessoa não vai render como é esperado.

Diogo teve destaque no Buriram United da Tailândia (Foto: Divulgação/Buriram United)

Retorno ao Brasil

Longe do Brasil há cinco anos, Diogo não pensa em retornar ao país neste momento, mas sim permanecer no futebol asiático. O camisa oito quer atuar em um lugar que se sinta útil dentro do elenco e que possa entregar o melhor futebol possível e apesar de não descartar um regresso à Portuguesa, enxerga a volta com dificuldade.

- Eu e minha família nos adaptamos bem. Meu contrato vai até o final do ano, mas minha cabeça não de voltar e devo ficar pela Ásia. Eu penso em jogar até eu achar que posso contribuir. Caso contrário, eu não sei se volto para encerrar a carreira no Brasil. Ver a Portuguesa que revelou tanto jogador até para seleção brasileira nessa situação é triste. Hoje, eu acho que a Portuguesa precisa de sangue novo. Não quero voltar para dizer que encerrei a carreira ou para fazer número.

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