Aos 34 anos, Cano vive um de seus melhores momentos da carreira. O atacante é o artilheiro do mundo em 2022 com 30 gols marcados até aqui. Sua grande fase com a camisa do Fluminense fez torcedores do clube pedirem a convocação do jogador para a Copa do Mundo pela seleção argentina.
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O desempenho em alto nível de Cano fez com que seu nome ganhasse destaque na imprensa internacional. Jornais da Argentina destacaram a marca do atleta em ser o artilheiro do mundo no ano, tendo ‘mais gols que Mbappé e Benzema’. O argentino tem 30 gols em 49 jogos pelo Fluminense, enquanto o atacante do Paris Saint-Germain tem 25 e o jogador merengue tem 27.
O LANCE! conversou com jornalistas argentinos que analisaram a possibilidade do jogador integrar a lista do técnico Lionel Scaloni.
- Para Lionel Scaloni, antes de tudo, o grupo está fechado para a Copa do Mundo. E muito mais, na última zona do campo. Tem muitos atacantes. Mesmo Julián Alvarez, que até poucos dias jogava no futebol argentino e agora veste a camisa do Manchester City, não terá a chance de mostrar muito no Qatar. O que resta ao Germán, certo? O artilheiro do futebol em 2022 também joga em uma liga de ponta como o Brasileirão. Na última convocação de Tite, estavam dois atacantes do Real Madrid, uma dupla do Arsenal e representantes do Lyon, Aston Villa, Atlético de Madrid, PSG, Barcelona e Everton. Gabigol, figura do Flamengo e carrasco do River em 2019, mal teve convocação em janeiro de 2022, último precedente - contou Martin Macchiavello, jornalista do ‘Olé’.
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O técnico Lionel Scaloni tem boas opções para o ataque da seleção argentina e suas declarações recentes aparentam que a lista estaria fechada. Na última convocação do treinador, o setor ofensivo da equipe contou com Messi (PSG), Lautaro Martínez (Inter de Milão), Di María (Juventus), Julián Álvarez (Manchester City), Dybala (Roma), Ángel Correa (Atlético de Madrid), Papu Gomez (Sevilla), Joaquin Correa (Inter de Milão) e Nicolás González (Fiorentina).
Lautaro Martínez e Julián Álvarez são os concorrentes de Cano na convocação para a posição de centroavante. Na temporada passada, o atacante da Inter de Milão marcou 25 gols e quatro assistências em 48 jogos pelo clube. Enquanto Julián Álvarez, ainda pelo River Plate, balançou as redes 17 vezes e deu seis passes para gol em 23 partidas.
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Cano não tem seu jogo popularmente conhecido na Argentina. O atacante teve uma passagem curta pelo país, logo no início de sua carreira, ele atuou pelo Lanús e, depois, pelo Colón. Em seguida, o atacante perdeu visibilidade no futebol argentino, pois se juntou a equipes da Colômbia, Paraguai, México e, por último, o Brasil.
- Aqui na Argentina, o que aconteceu com Cano é visto como algo surpreendente. Em Lanús e Chacarita foi visto como um atacante explosivo, mas de nível normal. Depois, quando foi para o exterior, perdeu um pouco o rumo, até esse bom presente no Fluminense. Suas chances de ser convocado para a seleção são mínimas, quase inexistentes. Existem outros atacantes da categoria consolidada. Ou seja, não está em consideração para a Copa do Mundo. Ele jogou em duas pequenas equipes na Argentina, nem há um clamor popular pedindo por ele na seleção - disse Bocha Mauri, jornalista do ‘La Nación’.
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- No geral, aqui na Argentina temos poucas referências sobre o jogo de Cano. Conhecemos sua carreira, mas não é um jogador que tenha sido citado para a seleção argentina. Seria um caso parecido com o do Calleri, do São Paulo - contou Daniel Avellaneda, jornalista do ‘Diário Clarín’.
Cano, por sua vez, seguirá trabalhando por uma vaga na seleção argentina. Após marcar o gol da vitória do Fluminense sobre o Cuiabá no último domingo, o atacante comentou sobre a chance na lista de Scaloni.
- Sonhar é de graça. Trabalho todos os dias para que tudo aconteça e está tudo na mão de Deus - disse o atacante.
*estagiário, sob supervisão de Cayo Pereira