Éric Cantona está envolvido em mais uma polêmica. Ou, dependendo do ponto de vista, só viu uma antiga alimentada. Nesta quarta-feira, veículos franceses informam que o ídolo do Manchester United foi acusado de difamação após dizer que Didier Deschamps, técnico da França, era racista.
À rádio RMC, o advogado de Deschamps, Carlo Alberto Brusa, confirmou que a denúncia do técnico se deu por difamação. Cabe lembrar que Cantona acusou o técnico de racismo por não ter convocado Karim Benzema e Hatem Ben Arfa, ambos de origem norte-africana, para a Eurocopa, em 2016.
- Deschamps tem um sobrenome muito francês. Pode ser que seja o único na França que tem um sobrenome autenticamente francês. Ninguém da sua família se misturou com ninguém. Como os mórmons nos Estados Unidos - falou o polêmico Cantona.
- E está claro que Benzema e Ben Arfa têm origens norte-africanas. Portanto, o debate está aberto - acrescentou.
Em dezembro do ano passado, Didier Deschamps havia dito que recorreria à Justiça francesa com a intenção de "chegar até o final". Ele deixou de contar com o astro do Real Madrid ainda em 2015, após a acusação por suposta cumplicidade de chantagem com um vídeo erótico do companheiro de seleção Mathieu Valbuena, hoje no Fenerbahçe.
CANTONA, SEMPRE ELE
Há uma semana, Cantona esteve no cerne de outra polêmica. Sempre com a língua afiada, o antigo jogador da seleção francesa deu uma cutucada no Paris Saint-Germain, chamado de "pequeno" por ele, hoje aos 51 anos, quando falava de Pastore. O PSG, em seguida, respondeu uma frase citando "gaivotas", palavra costumeiramente usada por Cantona, via rede social.
- Quando as gaivotas seguem o barco, é porque pensam que os peixes vão ser atirados ao mar - escreveu o Twitter do clube parisiense.