O ex-atacante Hakan Sukur, capitão da seleção turca na Copa do Mundo de 2002, e que enfrentou o Brasil duas vezes naquele torneio, corre o risco de ser preso e ter que cumprir até quatro anos. Tudo por ter feito duras críticas a Recep Tayyip Erdogan, presidente do seu país, através do Twitter.
De acordo com a Dogan, agência de notícias turca, ele é acusado pelos procuradores da presidência de ter se dirigido de forma ofensiva, pejorativa e insultuosa ao político e ainda ao seu filho.
Aposentado desde 2008, quando defendia o Galatasaray, Sukur vive atualmente na Califórnia, nos Estados Unidos, e deve ser ouvido nas próximas semanas, isso se ele for ao seu país para prestar o depoimento. Se for considerado culpado, pode pegar uma pena de até quatro anos.
Curiosamente, Sukur já foi aliado de Erdogan. Depois de pendurar as chuteiras, o ex-atacante chegou a se eleger deputado em 2011 pelo mesmo partida do político, que na época era primeiro ministro. Dois anos depois resignou ao cargo por um escândalo de corrupção que envolvia membro da legenda. O antigo capitão turco, mesmo distante, tem sido um ativista contra o encerramento de algumas escolas pelo governo.
Com mais de 100 jogos pela seleção turca, Sukur foi um dos destaques na Copa de 2002, mas não conseguiu emplacar uma carreira internacional de destaque. Foi revelado pelo Sakayaspoer, depois foi para o Bursaspor, e enfim chegou ao Galatasaray em 1992. Teve uma breve passagem pelo Torino em 1995 e voltou ao time no mesmo ano.
Em 2000 transferiu-se para a Inter de Milão, ainda passou pelo Parma e pelo Blackburn Rovers, até voltar ao Galatasaray em 2003 e encerrar sua carreira em 2008. No total, ganhou 22 títulos com a camisa do Gala, sendo uma Copa Uefa e oito Campeonatos Turcos.