Caso assine: Uefa investigará ida de Neymar ao PSG mesmo sem queixa

Dirigente da Uefa: 'O PSG tem que respeitar as regras do Fair Play Financeiro. Eles têm que demonstrar que não têm perdas de mais de 30 milhões de euros em um prazo de três anos'

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Dores de cabeça à vista para o Paris Saint-Germain. Nesta segunda-feira, a agência "EFE" publicou uma entrevista com Andrea Traverso, diretor-executivo de Fair Play Financeiro e Sustentabilidade da Uefa, em que o dirigente afirma que investigará a transferência de Neymar ao PSG mesmo sem denúncia.

Caso Neymar confirme as expectativas e, de fato, feche com o Paris Saint-Germain, os valores rondariam à casa dos 222 milhões de euros (R$ 815 milhões) - cifras da multa rescisória do brasileiro, cujo vínculo com o Barça expira em junho de 2021. 

Traverso fala que "o impacto da potencial contratação de Neymar pelo PSG teria efeito durante muitos anos" ao clube francês. 

- O PSG tem que respeitar as regras do Fair Play Financeiro, como todos os clubes da Europa. Eles têm que demonstrar que não têm perdas de mais de 30 milhões de euros em um prazo de três anos. O impacto potencial da contratação de Neymar pelo PSG teria efeitos na economia do clube durante muitos anos. É muito complicado julgar este tipo de operação com antecedência, já que não sabemos os planos do clube. Podem vender alguns jogadores por preço igual ou superior. Só podemos fazer cálculos depois, e assegurar que as regras se cumpram - disse Andrea Traverso, que evitou falar em possíveis punições, até pelo negócio, que está alinhavado, ainda não ter sido concretizado:

- Os clubes são plenamente conscientes das regras, e o fato de que as dívidas dos clubes europeus caíram de 1,7 bilhão de euro (R$ 6,2 bilhões) para menos 300 milhões de euros (R$ 1,1 bilhão) na atualidade mostra que o Fair Play Financeiro teve um impacto positivo na estabilidade e sustentabilidade do futebol europeu. Mas sempre há margem para melhora, e estamos analisando várias possibilidades para reforçar o Fair Play financeiro - concluiu.

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