Há meses, as investigações do Caso Negreira estão em andamento, e parecem ter um novo alvo. Conforme noticiado pelo jornal "Marca", o presidente do Barcelona, Joan Laporta, foi indiciado por possível crime de suborno continuado, tendo envolvimento no escândalo.
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Entre os anos de 2001 e 2018, os mandatários do Barça realizaram pagamentos a Enríquez Negreira, chefe do Comitê Técnico de Arbitragem local, em troca de favorecimentos dentro e fora do campo, com vídeos e materiais sobre outras equipes. O valor somado ao longo dos anos chegou a mais de 7 milhões de euros; o período apurado, porém, é a partir de 2011, por conta de vencimentos do prazo de início das investigações. Joan era responsável por conduzir provas de defesa dos culés, mas agora está entre o banco dos réus.
O mandato inicial de Laporta aconteceu entre 2003 e 2010, o que lhe retiraria do caso inicialmente. Porém, o juiz responsável pela condução da situação, Joaquín Aguirre, decidiu inseri-lo entre os imputáveis por suborno continuado. De acordo com o Código Penal, o prazo de prescrição deste crime é de dez anos a contar do dia em que o último pagamento a Negreira foi realizado, o que cobriria os pagamentos efetuados entre julho de 2008 ao fim do mandato.
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Por se tratar de um crime de suborno contínuo, a possível pena para o principal mandatário blaugrana é de seis a sete anos e meio. Sandro Rosell e Josep María Bartomeu, outros dois presidentes do Barça no período, seguem na mira das investigações e podem pegar um período semelhante de sanção. Não ficou claro, porém, se haverá apenas o afastamento de funções no futebol ou prisão para os diretores.