O jornal espanhol "OK Diário", da Espanha, divulgou novas provas que estão ligadas ao "Caso Negreira", que envolve um suposto esquema de manipulação de arbitragem a favor do Barcelona. O árbitro José Maria Enríquez Negreira, que foi vice-presidente do Comitê de Arbitragem da RFEF, está sendo investigado por receber pagamentos das antigas diretorias catalãs em troca de favorecimentos nos jogos. Na noite desta terça-feira, o periódico mostrou indícios de ligação do filho de Negreira, Javier Enríquez.
As provas mostram uma conversa de Javier com Albert Soler, ex-diretor esportivo do Barcelona, pelas redes sociais, sobre a condução do árbitro Jesús Gil Manzano em clássico pela semifinal da Copa do Rei de 2016/17, contra o Atlético de Madrid, que terminou em classificação polêmica dos blaugranas. Na conversa, Javier garante que Manzano tentou ajudar o Barcelona e afirma que todas as suas decisões na partida foram com esse intuito, pedindo a Soler que o ligasse para tratarem melhor o assunto.
Na ocasião, a partida terminou em empate por 1 a 1. Como havia vencido o primeiro jogo por 2 a 1, o Barcelona conseguiu a vaga para a final, que veio a ser o último jogo na história do estádio Vicente Calderón, que pertencia ao Atlético de Madrid. O jogo teve três expulsões - sendo duas para o Barça e uma para o Atleti -, um gol mal anulado de Griezmann e um pênalti não marcado de Sergi Roberto em Fernando Torres. A vaga ficou com os catalães, que venceram o Alavés na final e levantaram o troféu.
O Ministério Público da Espanha já havia detalhado pagamentos feitos pela diretoria culé à empresa comandada por Negreira (valores somavam mais de R$ 26 milhões) e segue com as investigações do caso em aberto.