CEO do Shakhtar Donetsk cobra russos e revela morte de técnico da base: ‘O silêncio ajuda o assassinato’

Sergei Palkin desabafa em sua rede social e pede posicionamento do futebol russo

imagem cameraSergei Palkin é o CEO do Shakhtar Donetsk (Foto: Divulgação/Shakhtar Donetsk)
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Lance!
Kiev (UCR)
Dia 03/03/2022
19:18
Atualizado em 03/03/2022
19:34
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O CEO do Shakhtar Donetsk, Sergei Palkin, publicou nesta quinta-feira um  texto direcionado ao futebol russo, em geral, cobrando um posicionamento contra a guerra do país contra a Ucrânia. O dirigente ainda revelou que um treinador das divisões de base do clube ucraniano, cujo nome não foi revelado, foi morto durante os conflitos:

- Um funcionário morreu ontem (quarta). Treinador infantil. Ele foi morto por um fragmento de um projétil russo. A Rússia está matando ucranianos. Parem com essa loucura! Não fiquem calados, falem! - disse Palkin, em sua conta no Twitter.

O diretor-executivo do clube espera que jogadores, técnicos, dirigentes e empresários do futebol russo se manifestem contra a guerra:

– Gostaria de me dirigir aos proprietários, dirigentes e jogadores dos clubes de futebol russos. A Rússia realizou um ataque militar horrendo e traiçoeiro contra a Ucrânia. Um país onde cada um de vocês esteve e onde sempre foram muito bem recebidos. O país onde você tem parentes, amigos, conhecidos. O país onde alguns de vocês nasceram. E hoje o exército russo está destruindo este país e seu povo com todos os tipos de armas.

- Apesar de vocês não terem dado a ordem para exterminar os ucranianos, seu silêncio é uma ajuda para o assassinato e a destruição em massa - completou o dirigente.

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O diretor do Shakhtar publicou imagens de áreas bombardeadas pelo exército russo, assim como o clube que também postou as mesmas. No último sábado, Palkin afirmou que o clube tem tentado dar assistência a todos os seus funcionários.

Os 12 jogadores brasileiros que atuam no time já conseguiram sair da Ucrânia.
Nesta quinta-feira, o atacante brasileiro naturalizado Junior Moraes desembarcou no Brasil após dias de tensão e de forte atuação na ajuda aos demais futebolistas e suas famílias que tentavam fugir do país.

Já se completou uma semana desde o início das invasões de tropas russas à Ucrânia. Mais de 500 mil pessoas já deixaram o país desde o início da guerra.

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