O Genoa é o clube mais antigo da Itália (1893) e o quarto que mais venceu títulos do Campeonato Italiano (nove conquistas). Na atual temporada, a equipe luta contra o rebaixamento e vai ser colocada à venda pelo seu dono Enrico Preziosi, empresário do ramo de brinquedos.
Não vai ser a primeira vez que essa abordagem acontece na Itália. Os rivais Internazionale e Milan foram comprados e tiveram investimentos distintos. Na Inglaterra a prática é mais comum e famosa. Chelsea e Manchester City são exemplos bem sucedidos, assim como o PSG, na França.
BLUES
O Chelsea é um exemplo de clubes que tiveram sucesso ao serem vendidos. Os Blues foram comprados pelo magnata russo Roman Abramovich. Na época, em 2003, a equipe foi vendida por 140 milhões de libras (R$ 673 milhões). Logo no ano seguinte, o Chelsea conquistou o Campeonato Inglês (2004/05), o primeiro desde 1955. Desde então, já foram quatro títulos da Premier League e o inédito da Liga dos Campeões (2011/12).
CITIZENS
O Manchester City foi vendido em 2008 para o bilionário Mansour bin Zayed Al Nahyanl. A venda funcionou e os Citizens passaram a competir em alto nível com o rival Manchester United. Em 2011/12 conquistou o Inglês, título que não vinha desde 1968. A partir daí foram mais três títulos da Premier League. A Liga dos Campeões, porém, segue sem ser conquistada.
NERAZZURRI
O Internazionale foi comprado, em 2016, pelo chinês Zhang Jindong. A equipe passou por uma crise e seca de títulos, mas voltou a ficar estável com a venda. Os investimentos, porém, foram mais brandos e, desde então, o clube não venceu o Campeonato Italiano, apesar de conseguirem retornar a Liga dos Campeões. Os Nerazzurri foram vendidos por 270 milhões de euros (R$ 1 bilhão, na cotação da época).
ROSSONERI
O rival Milan não teve o mesmo "sucesso". Depois da saída de SIlvio Berlusconi, os Rossoneri penaram para se restabelecerem e foram vendidos para o chinês Ly Yonghong, em 2017. O empresário fez muitos empréstimos e afundou o Milan em dívidas. Naturalmente, a crise financeira se refletiu em campo e o clube ficou bem atrás dos esquadrões poderosos de outrora. O fundo americano Elliott Management assumiu as dívidas e agora controla o clube italiano, que, aos poucos, está voltando aos trilhos.
MONACO
Em 2011, o magnata russo Dmitry Rybolovlev comprou 66% do Monaco. Nessa época, o clube francês tinha acabado de voltar para a primeira divisão. Desde então, o Monaco passou por uma reformulação e passou a ser mais eficiente no mercado, apostando na venda e revelações de jogadores. O caso mais emblemático foi Mbappé. O clube voltou a disputar vagas para a Liga dos Campeões e conquistou o Campeonato Francês em 2016/17.
PSG
O caso mais emblemático da França, porém, é do PSG. Comprado em 2011 por Nasser Al-Khelaifi, o clube parisiense passou a investir pesado na contratação de grandes jogadores. Ibrahimovic, David Beckham, Cavani, Neymar, Mbappé e Di Maria são alguns exemplos. Desde então o clube enfileirou títulos do Campeonato Francês: foram seis, ao todo. O principal objetivo, no entanto, ainda não foi conquistado: a Liga dos Campeões.
SHAKTHAR
Rinat Akhmetov é o maior bilionário da Ucrânia. O magnata entrou para o ramo do futebol ao comprar o Shakhtar Donetsk, em 1996. A compra deu certo. Desde então, o clube conquistou onze Campeonatos Ucranianos, passou a frequentar a Liga dos Campeões e conquistou a Liga Europa (2008/09).
VALENCIA
O Valencia foi comprado pelo empresário Peter Lim em maio de 2014. O clube passava por uma situação delicada na parte financeira: em 2009, a dívida era avaliada em 500 milhões de libras (R$ 1,4 bilhão). Os espanhóis receberam uma injeção financeira e passaram a lucrar com vendas de jogadores.