Os problemas que resultaram na demissão de Carlos Ancelotti do Napoli após a vitória e classificação do time italiano às oitavas de final da Liga dos Campeões foram expostos. Segundo o “Marca”, da Espanha, o relacionamento dele com o presidente Aurelio De Laurentiis era péssimo a ponto de o comandante recusar cinco propostas de renovação contratual. No último termo assinado, o treinador teria ainda mais 18 meses de serviço junto ao time italiano.
O mandatário implodiu o vestiário quando decidiu concentrar os atletas do clube por uma semana após maus resultados da equipe no campeonato nacional. As medidas punitivas não foram bem vistas entre técnico e jogadores e foram motivos da destruição de um vestiário. Multas aos jogadores e briga com direito a empurrões envolvendo o filho do presidente são partes de uma história que não poderia dar certo.
Segundo o jornal, a convivência com De Laurentiis nunca foi fácil nem para outros técnicos que passaram por lá, como Sarri e Benítez. Os conflitos com Ancelotti começaram quando o presidente, que quer que o Napoli brigue com a Juventus pelo campeonato italiano, se recusou a fazer investimentos para melhorar o elenco. Além disso, divergências na hora de renovar contrato com atletas do clube foram outros episódios dessa conturbada relação.
Os jogadores estão insatisfeitos, muitos não ligam para o clube e outros estão ansiosos para se desligarem da equipe. Mas até a demissão, o treinador italiano esteve ao lado de seus jogadores e trabalhando como sempre fazia para conseguir a classificação na Liga dos Campeões, como conseguiu após goleada por 4 a 0 contra o Genk na tarde desta terça-feira.