A Bola de Ouro da Fifa voltou a ter um atleta brasileiro entre seus indicados. Neymar terá o árduo desafio de quebrar uma "hegemonia" que dupla Messi e Cristiano Ronaldo ostenta desde o ano de 2008.
Os colunistas do LANCE! opinam sobre a indicação do craque brasileiro, e apontam quais são as chances de ele obter um troféu que não fica no nosso país desde 2007, quando Kaká levou a melhor. Confira!
ROBERTO ASSAF
Não é de surpreender o fato de a Bola de Ouro contar com Neymar como um dos indicados. O atacante teve grandes atuações recentes, dignas de concorrer com a " política do café-com-leite" entre Cristiano Ronaldo e Messi.
Além disto, ele, infelizmente, é o único craque brasileiro com "C" maiúsculo do atual momento do nosso futebol. As indicações de CR7 e de Messi para completar o trio são previsíveis, e eu incluiria o Iniesta nesta votação, como homenagem a um grande jogador que, lamentavelmente, sempre foi tratado como coadjuvante.
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
A indicação de Neymar à Bola de Ouro é merecidíssima. A temporada do craque brasileiro no Barcelona foi fantástica, a ponto de ele ter ofuscado Messi em alguns momentos.
Embora seu ano na Seleção Brasileira tenha sido muito aquém do esperado e ele persista com o erro de reclamar das arbitragens, certamente o desempenho no Barcelona deve pesar muito a seu favor. Sobre aos demais indicados, Cristiano Ronaldo foi bem na temporada, mas Messi ficou muito tempo parado, e sua indicação parece que ocorreu mais por ser um grande jogador.
CARLOS ALBERTO VIEIRA
A escolha de Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar como finalistas da bola de ouro é mais do que justa. Messi dispensa comentários. Foi ótimo na reta final do espanhol 2014/15, no título da Liga dos campeões, gols em profusão e, mesmos lesionado em setembro e outubro, ainda assim se manteve como o artilheiro do Barcelona, uma façanha, já que todos vimos Neymar e Suárez fazendo caminhão de gols. Messi vencerá mais uma vez.
Neymar teve um ano fantástico. E conseguiu alavancar o seu nome para o top3 quando mostrou que, além de todas as qualidades, consegue ser um líder do Barcelona quando o time não conta com Messi. Isso não é pouca coisa.
Muitos dirão que Suárez mereceria estar no Top3 no lugar de Cristiano Ronaldo, ou que a escolha do português pode ter sido mais midiática, pois três finalistas de um mesmo time poderia não ser uma boa (já ocorreu em 2010 com o mesmo Barça) e três sul-americanos um exagero. Mas Cristiano Ronaldo teve bela temporada. Por muito pouco não levou o Real Madrid à final da Liga dos Campeões (da qual acabou artilheiro com Messi e Neymar). E ele foi um leão, carregando quase sozinho o fraco time de Portugal para mais uma Eurocopa.
CR7 não anda infernal nos últimos dois meses. Antes disso, foi primoroso. E merece estar no Top3.