Camisa do Porto está sem patrocínio (Foto: AFP)
Reconhecido internacionalmente como bom clube vendedor e criador de diversas formas de receitas, o Porto viu-se livre nesta temporada para se dar ao luxo de não ter um patrocinador principal em sua camisa. Além de ser incomum um clube grande europeu ter o seu uniforme "limpo", isso chamou ainda bastante atenção pelo fato de o Dragão ter investido forte em jogadores. Durante uma cerimônia da Sociedade Anônima Desportiva (SAD), o seu administrador financeiro, Fernando Gomes, explicou a atitude ousada.
- O patrocínio master deixou de ser imperioso. Deixou de ser imprescindível, porque os resultados nos dão a solidez necessária para não precisar vender a nossa imagem de qualquer forma. Ou arranjamos um bom patrocinador, ou não vale a pena. Não vale a pena fazer cedências por pouco - explicou Fernando Gomes, que não é o ex-atacante do clube, maior artilheiro da história do Porto.
Porto transformou um prejuízo de R$ 169 milhões em lucro de R$ 93 milhões em um ano
E existem números para explicar o que o dirigente diz. A tal cerimônia foi para apresentar o balanço financeiro do último ano. Na temporada anterior, o registro foi negativo de 40 milhões de euros (R$ 169,8 milhões). Agora, já há um resultado líquido positivo em 19,3 milhões de euros (R$ 81,9 milhões). E nem entrou a grana da venda de Alex Sandro, o que segundo Fernando Gomes, já garantirá pelo menos 22 milhões de euros (R$ 93,4 milhões) de lucro para o próximo saldo.
Um nome específico também tem sido fundamental para o sucesso financeiro do clube: Casillas. O eterno ídolo espanhol, ex-Real Madrid, chegou sem custos e alavancou demais as vendas de camisas do Porto. Esse merchandising vai ser apenas mais um contributo para subir o balanço do próximo ano.
- O estoque que tínhamos previsto para um ano das camisas do Casillas esgotou-se em poucas semanas. Era algo que não esperávamos. Já foram feitas novas encomendas e o estoque deve ser reposto em novembro - disse Gomes.
Em campo, o time também vive bom momento. O Porto investiu pouco mais de 30 milhões de euros (R$ 127,4 milhões) para trazer os jovens Imbula e Corona, que têm se destacado. Além de outros portugueses mais baratos, como Danilo Pereira e André André, que também estão dando conta do recado.
