Após uma temporada ruim, o Real Madrid começou 2019/20 cercado de expectativas. O clube tenta se reerguer e foi mais ativo no mercado de transferências. A equipe, porém, ainda está sob desconfiança dos torcedores, principalmente após dois empates nos últimos dois jogos do Campeonato Espanhol. Além disso, pela primeira vez em oito anos, a equipe não tem nenhum representante na indicação do prêmio de melhor do mundo.
O retorno de Zinedine Zidane ao comando da equipe, após os fiascos de Lopetegui e Solari, também está marcado por alguns fatores controversos, como a aposta em medalhões e por utilizar poucos jovens do elenco, o que rendeu críticas da imprensa espanhola. Confira um panorama recente que aponta fatores que ajudaram a colocar o Real Madrid nesse contexto de dúvida e resultados ruins.
SAÍDA DO ÍDOLO
A saída de Cristiano Ronaldo abriu uma lacuna no Real Madrid difícil de ser preenchida. Protagonista máximo da equipe desde que chegou, o fim do ciclo do português abriu a possibilidade da construção de um novo que, até agora, ainda não foi criado, mesmo após mais de um ano em sua saída. Além de CR7, a saída de Zidane, após três títulos de Liga dos Campeões, também demorou a ser ocupado.
COMANDO INSTÁVEL
A primeira aposta do Real Madrid foi Julen Lopetegui. O técnico até então comandava a Espanha na Copa do Mundo de 2018 e assinou com o clube estando na seleção. Não pegou bem e Lopetegui foi demitido. No Real, tampouco deu certo. Foram 14 partidas, com seis vitórias, seis derrotas e dois empates.
OUTRA APOSTA RUIM
Na sequência, a equipe apostou em Santiago Solari, então treinador da base. Foram 28 jogos, com oito marcantes derrotas, dois empates e 18 vitórias, além de eliminações. Julho de 2018 a março de 2019: esse foi o período que consistiu a duração de Solari e Lopetegui. Após o período ruim, Zinedine Zidane foi chamado para reassumir o barco.
E OS GALÁTICOS?
A gestão de Florentino Pérez ficou conhecida pelo abuso no mercado de transferência e a formação de elenco galáticos. Após perder Cristiano Ronaldo, o mandatário, porém, destoou de suas próprias características e não investiu pesado para suprir a ausência do ídolo. Na última temporada, as principais contratações foram Vinícius Júnior e Courtois, com o atacante Mariano Diáz como "substituto de CR7". Não deu certo e os três técnicos tiveram dificuldades em manter o padrão do Real Madrid com um elenco escasso e envelhecido.
PETIÇÃO NEGADA
Zidane deixou o Real Madrid na primeira vez por uma falta de sintonia com Florentino Pérez. Em sua volta, o mandatário voltou a abrir os cofres e trouxe Eden Hazard. As outras contratações seguiam o padrão de novas apostas, como Mendy, Éder Militão, Jovic e Rodrygo. A principal petição de Zizou, porém, não foi atendida: Paul Pogba. Jovic, porém, não tem rendido bem e Hazard começou a temporada com lesão.
JOVENS POUCOS UTILIZADOS
Apesar de esboçar uma renovação, Zizou, em seu novo início, aposta nos mesmos medalhões e na escalação que o consagrou na primeira passagem. Além disso, não tem dado oportunidade aos jovens jogadores, como Vinícius Júnior e Rodrygo. Zidane também emprestou boa parte das revelações que poderiam dar certo e que vinham ganhando mais chances, como Marcos Llorente, Dani Ceballos e Sergio Reguilón.