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Lucas Borges
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 15/04/2025
04:00
Atualizado há 7 horas
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A magia da Champions League está sendo requisitada em Birmingham. O Aston Villa precisa de uma virada histórica diante do PSG nesta terça-feira (15), em promessa de festa da torcida no Villa Park, e conta com a trajetória escrita pelo elenco atual no trabalho do técnico Unai Emery.

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Ressuscitar no âmbito europeu não é um problema para o clube. Depois de 41 anos de distância, os Leões retornaram à Liga dos Campeões em 2024-25, depois de um processo de reconstrução árduo que envolveu anos na segunda divisão do futebol inglês.

Em maio de 2012, após o fim da temporada, o clube foi colocado à venda por Randy Lerner, bilionário que também tinha o controle do Cleveland Browns, da NFL. Depois de um longo processo sem compradores, a situação financeira foi se deteriorando, e em resultado, veio o calvário: o primeiro rebaixamento para a Championship na era moderna da Premier League em 2015-16. Dois meses após o descenso, o empresário chinês Tony Xia tomou as rédeas dos Lions, mas o efeito não foi positivo: nos dois anos seguintes, falhas na tentativa de acesso e piora nas contas.

A ressurreição teve início em julho de 2018, quando o NSWE Group, um consórcio de bilionários, adquiriu mais de 50% da instituição. Dean Smith foi contratado em outubro para assumir a equipe, e tinha como um de seus auxiliares o ex-zagueiro John Terry, ex-Villa e ídolo do Chelsea. Enfim, o retorno à elite aconteceu: em campanha positiva, o time ficou em quinto, avançou aos play-offs de subida, eliminou o West Bromwich na semifinal nos pênaltis e bateu o Derby County por 2 a 1 na decisão do mata-mata.

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Desde então, o Aston Villa se manteve na primeira divisão do Campeonato Inglês, mas a permanência não foi tão simples. Na primeira rodada, o time só se livrou de um novo rebaixamento na última rodada, quando empatou com o West Ham em 1 a 1 fora de casa. Nas duas jornadas seguintes, meio de tabela confortável; e em 2022-23, veio o sétimo lugar que lançou a equipe à Conference League. Um bom teste na esfera continental, onde o time caiu na semifinal para o Olympiacos, campeão em decisão contra a Fiorentina.

Simultaneamente à campanha europeia, os comandados de Unai Emery ficaram em quarto na Premier Legaue, à frente de gigantes como Tottenham, Chelsea e Manchester United, e retornaram à Champions depois de quatro longas décadas de ausência. O renascimento financeiro, impulsionado pelas vendas de atletas como Grealish e Benteke - e mais recentemente, Douglas Luiz, Diaby e Durán, que adicionaram mais de R$ 1 bilhão às contas -, e uma gestão responsável levaram à ressurreição dentro do campo de um gigante adormecido.

Unai Emery comandará o Aston Villa no duelo com o PSG, pela Champions (Foto: Thibaud Moritz / AFP)

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O processo é um motivador para a conquista do avanço à semifinal da Champions League. Após perder a ida por 3 a 1 no Parc des Princes, resta aos comandados de Unai vencer por pelo menos três gols de diferença para a classificação direta, ou dois para a prorrogação/pênaltis. A "remontada", sem dúvidas, não é impossível para um clube que foi campeão de forma surpreendente em 1981-82, e que quer repetir a dose de vilania sobre os campeões franceses.

A bola rola para Aston Villa e PSG às 16h (de Brasília) desta terça-feira (15) no Villa Park, em Birmingham (ING). Quem se classificar enfrenta o vencedor de Real Madrid x Arsenal; na ida, os ingleses venceram por 3 a 0 e podem perder por até dois gols no Santiago Bernabéu que se qualificam.

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