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Deco revela bastidores da saída do Porto para ir ao Barcelona

Meio-campista brasileiro naturalizado português conta que Pinto da Costa, atual presidente do Porto e na época também, prometeu transferência por título europeu

Carlos Alberto, Deco e Alenichev fizeram os gols do triunfo de 3 a 0 do Porto sobre o Monaco em 2004
Deco foi o grande responsável por conduzir o Porto ao título da Liga dos Campeões (Foto: MIGUEL RIOPA / AFP)

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Deco revelou os bastidores de sua ida do Porto para o Barcelona após ter sido campeão da Liga dos Campeões com os Dragões. Em conversa com o ex-zagueiro Ricardo Rocha, o brasileiro naturalizado português conta que a transferência em um primeiro momento foi difícil de acontecer, pois tanto Mourinho quanto Pinto da Costa, técnico e presidente da época, respectivamente, fugiam deste assunto.

- Estive quase seis anos no Porto e tive bastante propostas de outros clubes para sair, mas queria o Barcelona. Porém para isso, o Barcelona tinha que me querer. Quando ganhamos a Taça Uefa, em 2003, começou a haver interesses.

No entanto, a partir desse momento foi quando o clube mais queria contar com o meio-campista e travar sua saída.

- O presidente fugia de mim, o Mourinho também e o Jorge (Mendes) não conseguia resolver. Falava com o Mourinho e ele me dizia que me deixava sair, mas que deveria falar com o presidente. Ia falar com o presidente e ele mandava eu falar com o Mourinho, que ele tinha dito que seríamos campeões europeus. Comecei a rir. Ganhar a Taça Uefa tudo bem, mas a Liga dos Campeões… O presidente então prometeu que depois deixaria eu sair para onde quisesse.

Apesar de contrariado, Deco seguiu no Porto e o time, surpreendentemente, foi campeão do maior torneio de futebol europeu. O interesse dos culés voltou, mas Mourinho, que havia sido contratado pelo Chelsea, queria o português nos Blues.

- O Mourinho me queria no Chelsea, que oferecia cerca de 30 a 35 milhões de euros (entre R$183 milhões e R$ 213 milhões na cotação atual), enquanto o Barcelona apenas 21 milhões de euros (R$ 128 milhões na cotação atual). Falei com o presidente que me disse “pode ir para onde quiser, prometi e vou cumprir”. Essa é minha história de respeito com o presidente. Sempre foi uma referência comigo, muito sério e correto - completou.

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